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Audiência pública debate sobre importâcia da Economia Solidária

Uma audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira (13), no plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), debateu sobre a importância da Economia Solidária. Presidida pelos deputados Tadeu Veneri (PT) e por Roberto Mistroligo Barbosa (representando o deputado Péricles de Mello, também do PT), que comandam a  Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania e pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa, respectivamente, o evento contou com a participação da secretária de políticas sociais da Fetec-CUT-PR e membro do fórum paranaense de Economia Solidária, Maria de Fátima Costamilan, do diretor do departamento de estudos e divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), Walmor Schiochet, além de representantes de outras organizações e movimentos sociais.

Destacando a importância sobre a alternativa ao modelo de gestão atual vigente, o evento mostrou ao público presente que o modelo de autogestão vem ganhando força no Paraná, pois, este movimento vem proporcionando ao seus adeptos uma forma de trabalho mais democrática, valorizando, principalmente, a dignidade humana. Para Veneri, o objetivo da audiência era de dar um “norte” para esta “nova-velha” forma de se organizar. “A nossa meta é de ajudar os produtores que adotaram essa forma de agir, em que é mais importante ter uma relação de parcerias do que apelar para a mentalidade empresarial. Com o resultado deste encontro, vamos dar alguns direcionamentos para um encontro estadual e também vamos elaborar algumas proposições que serão apresentados num encontro nacional sobre o tema”, comenta.

Schiochet destacou para os presentes que a Economia Solidária é uma forma de humanizar as relações de trabalho e que sua presença se faz necessária no contexto atual da nossa sociedade. “A melhor maneira de se construir a cultura da solidariedade se dá por meio da Economia Solidária. Ela busca dignificar o homem e também as mulheres, que vêm protagonizando neste movimento. A ideia é que o trabalhador e a trabalhadora possam ter o direito de serem tratados como pessoas, sem que estejam subordinadas a alguém. Além disso, essa forma de pensar faz com que produza em nós a mentalidade de que trabalhar em grupo é sempre melhor do que de forma individual”, salienta. O diretor da Senaes pede ainda que o Estado reconheça a Economia Solidária e crie políticas para não deixar estes trabalhadores desamparados. “É preciso que os governos reconheçam a força e importância que este modelo de gestão vem ganhando. Esses trabalhadores precisam ter seus direitos reconhecidos, estar inseridos no contexto, e contar com o apoio necessário para que eles não sejam obrigados a se submeter às regras do sistema atual. É necessário incentiva-los a continuar lutando pela auto-organização econômica e pela coletividade”, afirma.

A secretária da Fetec lembra que o movimento teve dificuldades no passado, mas que isso vem mudando a cada dia. “Tivemos muita caminhada para chegar até o dia de hoje. Enfrentamos momentos complicados, tivemos frustrações. Mas, felizmente, temos muito mais vitórias. É ótimo poder olhar na mesa participante desta audiência e ver mulheres, representantes dos trabalhadores do campo, dos catadores de papel, entre outros”, revela. Costamilan afirma também que  espera que os ideais sejam colocados em prática até 2019. “A meta do Plano Nacional de Economia Solidária é que ele deverá ser executado até 2019. É preciso que essas leis a consolidem como políticas públicas. Estou certa que este documento não será apenas uma cartilha, mas, sim, uma realidade a ser adotada”, conclui.

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