O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região esteve no Centro de Apoio aos Negócios e Operações (Cenop) Logística na última quarta-feira, 12 de agosto, em virtude das denúncias de práticas antissindicais, por parte da Diretoria de Suprimentos e Serviços Compartilhados (Disec).
Conforme os relatos que chegaram ao Sindicato, a direção do BB informou aos gerentes as porcentagens de adesão à greve em 2014 – São Paulo, 20% de adesão; Belo Horizonte, 30%; e Curitiba, 50%. Diante desses dados, dois recados foram dados: primeiro, que os gestores revissem suas abordagens em tempos de greve, e, segundo, que mediante comparação dos índices de adesão nas três praças, Curitiba deveria repensar seu posicionamento, pois isso poderia pesar na transferência de serviços para “praças mais dóceis”.
“Na linguagem corporativa, o BB chama isso de vantagem de fator locacional. Para nós, representantes dos trabalhadores, significa prática antissindical ilegal. Tendo em vista a recente condenação do banco por práticas desse tipo, é inacreditável que que ameaças ao direito constitucional de greve, que geram Gedip, ainda estejam acontecendo”, afirma Ana Smolka, dirigente sindical.
“Se Curitiba tem forte adesão na greve, mesmo o BB colocando setores dentro deshoppings, é sinal de que somos bons para trabalhar quando concentram serviços aqui, assim como somos organizados e lutamos quando temos que conquistar melhores condições. Não caiaremos no golpe intimidatório da diretoria do BB, continuaremos fazendo nossa parte com muita informação e mobilização!”, acrescenta Pablo Diaz, representantes do Paraná na Comissão de Funcionários do BB.
Autora: Renata Ortega