Deputados criticaram no Plenário da Câmara o aumento de impostos previsto na Medida Provisória 675/15, que eleva a alíquota da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras de 15% para 20%.
Para esse grupo, a solução para a crise fiscal também depende de cortes nos gastos. “O governo mostra que, em vez de cortar na carne, continua buscando o atalho, o caminho mais fácil, que é o aumento de impostos”, criticou o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).
Apesar de ter elogiado o acordo feito na comissão mista que analisou a MP, o deputado Bacelar (PTN-BA) afirmou que a medida precisa ser emergencial. “Não é simplesmente aumentando impostos que vamos resolver a grave crise”, alertou. Ele disse ainda que os impostos não podem ser diferentes em cada segmento. “Imposto é sobre lucro, não sobre segmento.”
Para o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ), é ingenuidade pensar que o aumento dos impostos não será repassado de alguma forma ao cidadão que usa os serviços bancários.
Já o deputado Afonso Florence (PT-BA) destacou que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostrou-se favorável ao texto aprovado pela comissão. “Chegamos a um acordo em que mantivemos a alíquota de 20% até 2018 e incluímos outras coisas positivas no texto. Permite o aumento da alíquota do setor financeiro em uma forma que o próprio setor se manifestou favorável”, explicou.
Para o deputado Afonso Motta (PDT-RS), no entanto, o aumento deveria ser ainda maior. “Vamos propor um destaque para que o aumento chegue a 35%”, afirmou. Ele disse que os bancos são um setor que desfruta de grandes margens de remuneração.
Continue acompanhando esta cobertura
Tempo real:
Edição – Marcos Rossi