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Por 11:06 Sem categoria

Tarifas para clientes e pressão para bancários

Bradesco aplicou maior aumento em pacotes de serviços entre todos os bancos desde 2013; por outro lado, bancários sofrem com pressão para enquadrar clientes no segmento Exclusive

São Paulo – Levantamento realizado pela associação de defesa do consumidor Proteste apontou que, desde 2013, os bancos já elevaram o custo de suas cestas de serviço em até 169%, 8,6 vezes mais que a inflação registrada no período. O maior aumento foi aplicado pelo Bradesco no segmento Exclusive Fácil, que em 2013 custava R$ 23 por mês e hoje custa R$ 61,90. Isso significa que o cliente tem custo anual de R$ 466,80 a mais do que possuía há dois anos.

Se por um lado o Bradesco cobra tarifas cada vez mais caras, por outro pressiona os bancários para enquadrarem clientes nos pacotes de serviços “diferenciados”, como é o caso do Exclusive Fácil. De acordo com comunicados enviados pelo banco, um gerente deve ter 750 clientes “encarteirados” na categoria Exclusive, e diretores cobram uma meta diária de cinco novos clientes neste pacote intermediário.

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“Tal pressão se concretiza no aumento expressivo da receita com tarifas, como foi comprovado pelo levantamento da Proteste. Porém, esse crescimento não é revertido em mais contratações para que os bancários saiam do sufoco e possam melhorar o atendimento. Perde o bancário e perde o cliente”, afirma a diretora executiva do Sindicato e funcionária do Bradesco Neiva Ribeiro.

De acordo com a dirigente sindical, a pressão para o reenquadramento de contas nas categorias Classic, Exclusive e Prime, conforme renda e reciprocidade, além de adoecer os trabalhadores, prejudica o atendimento ao correntista que contratou um pacote de serviços exclusivos. “A meta de 750 contas dividida por 22 dias úteis dá uma média de 34 clientes por dia. Como esses clientes terão atendimento diferenciado ou exclusivo?”, questiona.

“O levantamento da Proteste demonstra o tamanho da ganância dos banqueiros que, em sua sanha de aumentar cada vez mais os lucros, adoecem os bancários e sugam a sociedade, que a cada dia paga tarifas mais caras por um atendimento muitas vezes precário. Essa postura precisa mudar”, enfatiza Neiva Ribeiro.

Noticia colhida no sítio; http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=12784

 

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