Terça-feira, dia 6, começa a greve da categoria bancária

Mais de 400 bancários participaram da assembleia realizada nesta quinta-feira, 01 de outubro, pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. Como esperado, a categoria se mostrou indignada com a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no último dia 25 e rejeitou o reajuste de 5,5% mais abono de R$ 2.500. “É uma vergonha que o setor que mais lucra no país proponha aos seus trabalhadores um índice que sequer se aproxima da inflação do período, que é de 9,88% (INPC)”, resume Elias Jordão, presidente de Sindicato.

Agora é greve!
Após amplo debate, os bancários de Curitiba e região também aprovaram indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de 06 de outubro. A categoria volta a se reunir em assembleia no dia 05 de outubro, contudo, a greve só poderá ser suspensa caso a Fenaban retome as negociações com a apresentação de uma nova proposta.

A proposta salarial feita pelos banqueiros foi devidamente rechaçada pelos bancários do Paraná. Nesta quinta-feira (1.º), os sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) disseram um grande “não” para os 5,5% propostos durante as rodadas de negociação.

Curitiba, Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama seguiram a orientação do comando nacional e vão entrar em greve por tempo indeterminado. Apenas o sindicato de Arapoti não vai entrar em greve a partir do dia 6 de outubro. Porém, o estado de greve está mantido.

O presidente da Fetec-PR, Junior Cesar Dias, ficou satisfeito com o resultado das assembleias. Para ele, a decisão mostrou que a categoria está unida. “A proposta apresentada pelos banqueiros foi decepcionante. Os bancários e bancárias entenderam o nosso recado e viram que aceitar o que nos foi oferecido nos acarretaria uma grande perda salarial. Agora, vamos batalhar nesta greve para ver se os banqueiros irão nos dar a devida atenção”, afirma.O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Elias Jordão, disse que a categoria está mobilizada e pronta para a luta. “Nós ficamos insatisfeitos com essa provocação disfarçada de proposta. Acredito que os trabalhadores e trabalhadoras vão aderir em massa nesta greve”, garante.

Outros sindicatos do Paraná, como o de Maringá, Ponta Grossa, Paranaguá, Cianorte, Foz do Iguaçu, Cascavel e Pato Branco, também rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e vão entrar em greve por tempo indeterminado.