A estratégia de tentar vencer a categoria pelo cansaço não deu certo e fez com que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) recuasse e chamasse o Comando Nacional dos Bancários para uma nova conversa, nesta terça-feira (20), em São Paulo. É o fim de um silêncio que já durava 15 dias.
Tudo isso só está sendo possível graças à mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras, que não aceitaram as migalhas oferecidas pelos banqueiros e entraram de cabeça na greve, que ganha cada vez mais força a cada dia que passa. Os números de hoje (20) comprovam isso: são 819 agências paralisadas e mais de 20.200 bancários e bancárias em greve na base da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR).
Nos sindicatos de Arapoti, Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama contam com 5.397 bancários e bancárias de braços cruzados e 468 agências sem atendimento. Em Curitiba, o número de trabalhadores e trabalhadoras em greve é de 14.820 e 351 agências paradas e 11 centros administrativos.
O presidente da Fetec-PR, Junior Cesar Dias, que vai participar da reunião de hoje, está satisfeito com os avanços da greve e da mobilização dos bancários e bancárias. “Os trabalhadores e trabalhadoras estão com muita expectativa para esta reunião com os banqueiros. A categoria está realmente esperando que seja apresentada uma proposta digna e respeitosa, porém, a nossa mobilização continua grande e a greve cada vez mais forte. Isso fez com que os banqueiros quebrassem o silêncio e certamente fará com que avancemos nas nossas conquistas”, celebra.
Autor: Flávio Augusto Laginski
Fonte: Fetec-CUT-PR