Trabalhadores reagem diante de demissões. Banco afirmou no último dia 26 que não demitiria em massa.
Foto: SEEB CuritibaSeis agências do Itaú amanheceram fechadas nesta quarta-feira, 02 de dezembro, em Curitiba e região. As unidades dos bairros Pinheirinho, Rebouças, Hauer, Passarela, Comendador Araújo e uma em São José dos Pinhais estão paralisadas em protesto às demissões realizadas pelo banco ontem (01). Segundo as informações que chegaram ao Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, foram 11 demitidos na capital paranaense e cerca de 250 no país todos, somente nesta semana.
No último dia 26, a Contraf-CUT, federações e sindicatos estiveram reunidos com a direção do Itaú, em São Paulo, justamente para cobrar do banco o fim das demissões. Na ocasião, os representantes dos bancários questionaram a existência de uma onda de demissões e fechamento de agências em todo o país, após a campanha salarial. O banco afirmou, então, que não havia variação no número de demitidos em comparação a 2014 e que não faria demissão em massa.
Lucro estrondoso
Os lucros crescentes do Itaú tornam as demissões ainda mais injustificáveis: foram R$ 18,059 bilhões nos primeiros nove meses de 2015, valor 20,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. No terceiro trimestre, o resultado do banco atingiu R$ 6,117 bilhões, 12,1% maior que o do terceiro trimestre de 2014. Mesmo assim, o número de empregados teve redução de 3%: corte de 2.642 postos de trabalho em doze meses.
LONDRINA Operação “Demitiu, Parou” afeta expediente em agências do Itaú e Santander
A luta em defesa dos empregos também está paralisando a agência Select, do Santander em Londrina |
A diretoria do Sindicato de Londrina está realizando hoje (2/12), uma rodada dupla da Operação “Demitiu, Parou”, na incansável luta em defesa os empregos na categoria e contra a ganância dos bancos.
Os protestos estão ocorrendo na agência Select, do Santander, localizada na Avenida Higienópolis, e na unidade do Itaú na Avenida Tiradentes. Em ambos os locais foram demitidos bancários sem qualquer justificativa para isso.
“Mal encerramos a Campanha deste ano, que tinha o emprego como prioridade, mas os bancos se negaram a negociar qualquer cláusula de garantia neste sentido, alegando não estar em curso nenhum processo de corte em massa no setor, nos deparamos com mais duas dispensas em nossa base”, salienta Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.
Para ela, falta respeito e, principalmente, sensibilidade dos bancos em relação aos bancários, bancárias e à própria população. “Nesta época do ano aumenta muito o volume de serviços, pois tem mais dinheiro circulando no mercado, em função do 13º salário. Também é muito chato demitir os funcionários no final do ano, no momento em que todos estão se preparando para as festas e planejando as férias”, avalia Regiane.
Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR