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Por 15:45 HSBC

CPI do HSBC será encerrada sem investigação de documentos

Senado anunciou que trabalhos da CPI do HSBC serão encerrados por falta de acesso a documentos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado sobre o HSBC aprovou nesta semana requerimento para antecipar a apresentação do relatório final e o encerramento das atividades, que estavam previstos para abril de 2016.

Os senadores que participam da CPI argumentam a dificuldade de acesso aos documentos solicitados das autoridades francesas com a lista oficial dos clientes beneficiados pelo HSBC para a abertura de contas irregulares na Suíça.
Os senadores alegam que os dados estão sob posse e investigação do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Receita Federal.
O vice-presidente da CPI do HSBC, senador Randolfe Rodrigues, discorda dos rumos e classifica como fim melancólico. Ele acredita que os trabalhos da CPI não deveriam ficar restritos aos documentos que foram negados pelas autoridades internacionais.
Ele afirma que as investigações foram praticamente encerradas ainda no mês de junho, quando os membros da comissão suspenderam os pedidos de quebra de sigilo bancário e telefônico dos suspeitos de envolvimento no caso.
SwissLeaks – Um ex-funcionário do HSBC, Hervé Falciani, revelou ao mundo o que foi chamado de swissleaks, fraude fiscal promovida pela sede do HSBC na Suíça, que beneficiava clientes de todo o mundo com lavagem de grande volume de dinheiro sem prestar contas aos apíses de origem para sonegação de impostos. Falciani chegou a depor para a CPI do HSBC e afirmar que iria colaborar com as investigações, mas os senadores alegam que não conseguem mais contato com ele.
Falciani foi condenado à revelia em julgamento na Suíça no final de novembro, a cinco anos de prisão por espionagem econômica, pelo Tribunal Penal Federal.
“Após todos os escândalos ligados ao banco HSBC, a única pessoa que responde é quem menos deve. Já os bancos e clientes que sonegaram os impostos não serão cobrados, muito menos terão seus nomes expostos. Fica o prejuízo à sociedade e aos cofres públicos”, lembra Cristiane Zacarias, coordenadora nacional da COE HSBC.
Em junho deste ano, o HSBC conseguiu um acordo de pagamento de multa de 40 milhões de francos suíços (cerca de R$ 134,5 milhões) para as autoridades de Genebra para encerrar a investigação sobre lavagem de dinheiro na Suíça.

Paula PadilhaSEEB Curitiba

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