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Movimentos sociais vão às ruas contra o golpe e o ajuste fiscal

Em Curitiba ato será nesta quarta-feira (16) às 17h na Praça Santos Andrade

Escrito por: CUT Paraná

Militantes e representantes dos movimentos sociais vão junto com a população às ruas, em todo o Brasil, nesta quarta-feira (16) contra o golpe e o ajuste fiscal. Os atos acontecerão nas principais capitais brasileiras e em Curitiba a concentração será às 17h na Praça Santos Andrade, no centro da capital. Além do ato na capital, mais de 10 atos serão realizados em diversas cidades do interior do estado. O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também será alvo das manifestações.

“Vamos às ruas para mostrar que temos lado e sabemos muito bem pelo que lutamos. Somos frontalmente contrários à política econômica do Levy, contudo, acreditamos nas conquistas democráticas e não podemos tolerar um golpe na democracia, um desrespeito aos mais de 54 milhões de votos que decidiram a última eleição presidencial. Não é uma chantagem, um joguinho político, que vai descaracterizar esse processo”, afirma a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.

Em Curitiba o ato está sendo organizado pelo Fórum de Lutas 29 de abril e a Frente Brasil Popular do Paraná. As entidades congregam representações dos movimentos sociais e centrais sindicais, como a CUT, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), além dos principais sindicatos do Estado.

Golpe e a economia – O processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff foi aberto no último dia 2 de dezembro pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. O pedido foi acatado no mesmo dia em que o PT anunciou seu voto pela admissibilidade do processo de cassação do presidente da Casa por quebra de decoro parlamentar. Cunha negou que tivesse contas secretas na Suíça durante uma sessão da Casa, fato que foi comprovado posteriormente.

A motivação, portanto, é considerada nada mais que uma vingança, contrariando aspectos básicos do estado democrático de direito. “Não há base jurídica para um processo de impeachment. O próprio TCU não responsabilizou a presidenta em sua análise de contas. O que está acontecendo é um processo de revanche, de vingança, que em uma democracia avançada não pode acontecer de forma alguma”, enfatiza Regina Cruz.

O secretário de comunicação da CUT Paraná, Daniel Mittelbach, acredita que o que o País está vendo neste momento é uma disputa de narrativa. Segundo ele é fundamental neste momento que os movimentos populares tenham a capacidade de furar o bloqueio do pensamento único apresentado pela grande mídia para mostrar pra população o que de fato está em disputa nesse momento. “Há um golpe em curso no Brasil, todavia suas reais motivações não essas apresentadas pela grande imprensa. Esse é um movimento que nasce das forças econômicas e política mais conservadoras e reacionárias desse país. O que eles realmente querem com o impedimento da presidenta Dilma é retirar ainda mais direitos da classe trabalhadora”, afirma Mittelbach.

Ainda sobre as motivações das elites que organizam essa tentativa de golpe, o secretário de comunicação da CUT Paraná acredita que “o que eles realmente querem é tirar Dilma do poder para poder roubar ainda mais. Eles não se conformam com as ações dos governos do PT que ao longo dos últimos 13 anos fortaleceram as instituições de controle e investigação, como a Polícia Federal, o TCU, a CGU, o Ministério Público, entre outros, garantindo uma real autonomia para que esses órgãos investiguem e punam todos aqueles que há séculos vem vilipendiando nosso país”, completa.

Além de defender o processo democrático e pedir a saída do presidente Eduardo Cunha, sob quem pesam diversas acusações de corrupção, os manifestantes pedirão uma guinada na política econômica do governo. “Somos frontalmente contrários ao golpe, mas isso não significa que estamos de acordo com o que está acontecendo no Governo Federal. A atual política econômica do ministro Levy prejudica a classe trabalhadora e o desenvolvimento do Brasil. Quem deve pagar a conta da crise do Capital não são os trabalhadores. Precisamos incentivar o desenvolvimento e recuperar a economia com ações que cobrem dos mais ricos essa fatura”, finalizou Regina.

:: Veja aqui o evento do ato no Faceebook
Serviço: Dia Nacional de Mobilização
Data: 16/12/2015
Horário: 17h
Local: Praça Santos Andrade, Centro, Curitiba.

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