fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 17:55 Sem categoria

Bancos públicos ampliam em 33% crédito rural para custeio e comercialização

Sozinhos, os bancos públicos concederam R$ 34,9 bilhões em crédito subsidiado para custeio e comercialização no segundo semestre de 2015

por Portal Brasil publicado: 14/01/2016 17h29 última modificação: 15/01/2016 15h36

O governo garantiu o repasse de R$ 55,7 bilhões em crédito rural com juros controlados (mais baratos) para financiar operações de custeio e comercialização entre julho e dezembro de 2015. É um crescimento de mais de 12% ante os R$ 49,5 bilhões de igual período de 2014. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e fazem parte do balanço do financiamento agropecuário na safra 2015/2016.

Esse total de crédito controlado para custeio (financiamento para viabilizar o dia a dia operacional de lavouras) e comercialização envolve repasses feitos por diversos agentes: bancos públicos, privados, cooperativas de crédito, bancos de desenvolvimento e agências de fomento.

Os bancos públicos, entretanto, foram os protagonistas no crédito rural e cresceram mais que as demais instituições no financiamento agropecuário. Sozinhos, os bancos públicos concederam R$ 34,9 bilhões em crédito com juros controlados para operações de custeio e comercialização no segundo semestre do ano passado, o que representa um aumento de 33% em relação ao total concedido em igual período da safra anterior (R$ 26,1 bilhões).

Ou seja, a participação dos bancos públicos no crédito controlado para custeio e comercialização atingiu fatia de 62% do total no segundo semestre do ano passado, ante 52% em igual período de 2014.

Dados gerais

A estimativa total de crédito para o Plano Safra 2015/2016, considerando as operações com juros controlados, e dos bancos privados, com taxas livres, é de R$ 187,7 bilhões, incluindo custeio, comercialização e investimentos. Segundo o Mapa, o agronegócio brasileiro utilizou parcela de R$ 76,5 bilhões desse total entre julho e dezembro do ano passado. São números que impulsionam o Brasil rumo à colheita recorde de 210 milhões de toneladas de grãos até julho, quando termina a atual safra.

No geral, entre bancos públicos e privados, a linha de custeio (financiamento para viabilizar o dia a dia operacional de lavouras) já movimentou R$ 51,3 bilhões. Para a comercialização foram destinados R$ 12,2 bilhões. O crédito para investimento chegou a R$ 13 bilhões.

O ministro interino da Agricultura, André Nassar, avaliou que o desempenho dos bancos públicos tem sido positivo em meio ao cenário adverso da economia e que o nível de financiamento tem se mantido estável. “A gente priorizou o aumento de custeio e isso está se concretizando com o aumento da produção. Demonstra que a agricultura segue confiante”, disse.

O atual cenário da economia e a queda no preço das commodities agrícolas no mercado internacional explica a queda no repasse do Plano Safra 2015/16 para investimentos. Nesse segmento, o aporte somou R$ 13 bilhões entre julho e dezembro, ante R$ 20,4 bilhões no mesmo intervalo de 2014/15

“Os produtores estão reduzindo seu apetite por investimento nesta safra”, considerou Nassar. Por isso, a estimativa é de aumento no crédito para custeio neste semestre. “O custeio controlado pode até aumentar em relação ao que a gente tinha programado”, indicou o ministro interino.

No caso dos bancos privados, custeio e comercialização receberam 139% mais recursos entre julho e dezembro. Foram R$ 4,14 bilhões em crédito com juros livres no segundo semestre de 2015, ante R$ 1,7 bilhão em igual período do ano agrícola anterior. “Os bancos privados priorizam comercialização ao custeio da safra. Neste momento de risco da economia como um todo, faz sentido os bancos privados operarem mais na comercialização”, observou Nassar.

A maior dificuldade dos bancos privados para expandir a oferta de crédito agrícola envolve a operação de Letras de Crédito Agrícola (LCA), mecanismo que foi inserido neste ano como parte do plano safra, com a expectativa de movimentar R$ 30 bilhões. Os bancos operaram apenas R$ 1,1 bilhão em LCA. “Operar com a exigibilidade da LCA é algo que os bancos ainda estão aprendendo”, afirmou.

O ministro interino afirmou que o ritmo mais lento das instituições privadas no crédito rural pode dificultar a execução do total de R$ 187,7 bilhões previsto para o Plano Safra 2015/16. Ele assegurou, contudo, que o governo trabalha para empenhar a sua parte de R$ 134 bilhões em financiamentos com crédito controlado. “O que tem de ser cumprido é o que a gente coloca em juro controlado. Com juros livres, é o banco (privado) que vai decidir”, disse Nassar.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Agricultura

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative Commons CC BY ND 3.0 Brasil CC BY ND 3.0 Brasil

Notícia colhida no sítio http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/01/credito-agricola-com-juros-controlado-cresce-33-na-safra-2015-16

=========================

Safra 2015 é recorde e IBGE espera alta de 0,5% para 2016

Estimativa de DEZEMBRO para 2015
209,5 milhões de toneladas
Variação Dezembro / Novembro 2015
-0,4% ( – 746.519 toneladas)
Variação safra 2015/safra 2014
7,7% ( + 15 milhões de toneladas)
3º prognóstico para 2016
210,7 milhões de toneladas ( + 0,5%)

 

Em 2015, foram produzidas 209,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas no país, superando em 7,7% a produção de 2014. Já para 2016, o terceiro prognóstico do IBGE espera uma safra de 210,7 milhões de toneladas, superando em 0,5% a produção de 2015.

A décima segunda estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (algodão herbáceo, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) totalizou 209,5 milhões de toneladas, 7,7% superior à de 2014 (194,6 milhões de toneladas) e menor 746.519 toneladas (-0,4%) que a avaliação de novembro. A estimativa da área a ser colhida é de 57,7 milhões de hectares, com alta de 1,8% frente à área colhida em 2014 (56,7 milhões de hectares) e redução de 14.711 hectares em relação ao mês anterior (-0,0%). Juntos, os três principais produtos deste grupo (arroz, milho e soja) representaram 93,1% da estimativa da produção e responderam por 86,3% da área a ser colhida. Em relação a 2014, houve acréscimos de 6,1% na área da soja, 0,8% na área do milho e redução de 8,4% na área de arroz. Na produção, houve acréscimos de 1,1% o arroz, 11,9% na soja e de 7,3% no milho.

Cereais, leguminosas e oleaginosas
Grandes Regiões
Participação na produção
Dezembro de 2015
Cereais, leguminosas e oleaginosas
Unidades da Federação
Participação na produção
Dezembro de 2015

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi: Centro-Oeste, 89,9 milhões de toneladas; Sul, 76,0 milhões de toneladas; Sudeste, 19,3 milhões de toneladas; Nordeste, 16,6 milhões de toneladas e Norte, 7,7 milhões de toneladas. Em relação à safra passada, houve altas de 22,1% na Região Norte, de 5,4% na Região Nordeste, 5,0% na Região Sudeste, 7,0% na Região Sul e 8,3% na Região Centro-Oeste. Nessa avaliação para 2015, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,9%, seguido pelo Paraná (18,0%) e Rio Grande do Sul (15,2%), que somados representaram 58,1% do total nacional previsto.

Entre os vinte e seis produtos pesquisados, oito tiveram alta na estimativa de produção em relação a 2014: arroz em casca (1,1%), aveia em grão (4,8%), batata – inglesa 3ª safra (1,6%), cana-de-açúcar (2,4%), mamona em baga (103,1%), milho em grão 2ª safra (15,0%), soja em grão (11,9%) e triticale em grão (75,6%).

Houve dezoito produtos em queda: algodão herbáceo em caroço (2,7%), amendoim em casca 1ª safra (10,2%), amendoim em casca 2ª safra (38,8%), batata – inglesa 1ª safra (1,2%), batata – inglesa 2ª safra (2,0%), cacau em amêndoa (6,7%), café em grão – arábica (1,1%), café em grão canephora (17,3%), cebola (11,2%), cevada em grão (26,4%), feijão 1ª safra (4,5%), feijão 2ª safra (7,9%), feijão 3ª safra (2,4%), laranja (3,9%), mandioca (2,1%), milho em grão 1ª safra (4,8%), sorgo em grão (7,1%) e trigo em grão (13,4%).

CANA-DE-AÇÚCAR – Após um 2014 ruim, quando a produção de cana-de-açúcar do País retraiu  4,0% frente a 2013, em função, principalmente, de preços e de um ano muito seco e quente nas principais regiões produtoras, em 2015, a estimativa da produção cresceu 2,4% em relação a 2014, devendo alcançar 755 milhões de toneladas. A área plantada e a área a ser colhida recuaram 3,2% e 1,5%, respectivamente, enquanto o rendimento médio aumentou 3,9%, fruto de maiores investimentos e de um ano mais chuvoso.

Os destaques, da recuperação da produção de cana-de-açúcar, em termos de volume de produção em 2015, frente a 2014, foram: São Paulo, que apresentou incremento de 14,6 milhões de toneladas em relação ao ano anterior; Mato Grosso do Sul, com incremento de 7,2 milhões de toneladas, e Paraná, com incremento de 3,3 milhões de toneladas.

CEBOLA – Mesmo em um ano de preços recordes para os cebolicultores brasileiros, 2015 foi marcado pela queda de 11,2% da produção de cebola. O ano se iniciou com a queda da produção no sul do País e com a quebra de safra de cebola na Argentina, principal exportador de cebola para o Brasil. Com isso, pela primeira vez as importações da Europa foram maiores que as da Argentina. Os altos custos dessa importação foram repassados aos consumidores, fazendo os preços dispararem e elevando o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).

A baixa oferta foi agravada, no primeiro semestre, pela queda de 19,0% da produção na Bahia, onde a falta de chuva reduziu o rendimento em 16,4%. Já Goiás e Minas Gerais foram os principais beneficiados com a elevação do preço da cebola. No segundo semestre, a oferta segue em queda, devido às chuvas que assolaram a região Sul do país.

FEIJÃO (em grão) – Após um 2014 de baixos preços para os produtores, a primeira safra (43,2% da produção total de feijão) teve redução de 4,5% comparada ao mesmo período de 2014. A estimativa da área plantada também foi reduzida: 5,2% a menos que o ano anterior. O total estimado de produção foi de 1,3 milhão de toneladas.

Com exceção ao Centro-Oeste, todas as outras regiões brasileiras tiveram redução da área plantada durante a primeira safra, na qual os principais produtores foram Paraná (332,2 mil toneladas), Bahia (239,5 mil toneladas) e Minas Gerais (162,0 mil toneladas). Paraná e Minas Gerais reduziram as suas produções em 18,3% e 20,0%, respectivamente. Já na Bahia a produção foi elevada em 152,6%.

Na segunda safra (42,0% de total de feijão), mesmo com preço elevados, os produtores tiveram que enfrentar a elevação do custo de produção, devido à alta brusca do dólar e aos gastos com insumos para combater a mosca branca. A produção estimada foi de 1,3 milhão de toneladas de feijão, 7,9% a menos que em 2014.

Novamente a redução de área plantada foi observada em todas as regiões, com exceção ao Centro-Oeste. Os principais estados produtores de feijão desta temporada seguem a mesma ordem da primeira safra: Paraná (30,1% da produção), Bahia (15,0%) e Minas Gerais (12,1%). Todos estes estados tiveram queda na produção em relação a 2014.

A terceira safra manteve a tendência de queda de produção e área plantada. Foram produzidos 461,0 mil toneladas, ou 2,4% a menos que em 2014.

A principal região produtora de terceira safra foi o Sudeste (246,3 mil toneladas), que manteve a produção praticamente estável com relação a 2014. A redução de 5,6% da área plantada foi compensada pelo acréscimo de 5,7% no rendimento médio.

Minas Gerais é o principal produtor nacional de terceira safra. Foram produzidos 190,0 mil toneladas. Este valor é 7,4% menor que o apresentado no ano anterior. A redução de 10,4% na área plantada foi o principal responsável pela queda da produção estadual.

MANDIOCA (em raízes) – Com preços defasados ao longo de todo o ano, a estimativa da produção de mandioca do País alcançou 22,8 milhões de toneladas, queda de 2,1% em relação ao ano anterior. A área plantada e a área a ser colhida no ano caíram 21,0% e 4,7%, respectivamente, tendo o rendimento médio aumentado 2,7%.

Com exceção da região Centro-Oeste, onde houve crescimento de 5,6% da estimativa da produção em 2015 em relação a 2014, nas demais regiões foram observadas retrações na produção: Nordeste (-6,3%), Sudeste (-1,9%), Sul (-1,7%) e Norte (-0,8%).

No Norte, em 2015, as estimativas da produção cresceram 7,9% em Rondônia, 36,7% em Roraima e 21,0% no Tocantins. Houve queda nos demais estados tradicionalmente mais importantes, como Pará (-1,8%), principal produtor do País e responsável por 21,2% do total nacional, Acre (-7,6%) e Amazonas (-1,7%).

No Nordeste, a produção da mandioca enfrentou mais um ano de seca, havendo retração de 8,5% no Maranhão, 25,0% no Ceará, 8,9% no Rio Grande do Norte, 3,1% na Paraíba, 8,6% em Sergipe e 13,0% na Bahia. Crescimento da produção foi observado apenas no Piauí (51,9%), Pernambuco (31,8%) e Alagoas (18,0%). Da mesma forma que no Norte, no Nordeste, os estados mais tradicionais na produção de raízes, como Bahia e Maranhão, informaram as maiores retrações em termos de volume de produção.

Na região Sudeste, houve retração da produção no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, 13,6% e 20,0%, respectivamente, havendo, contudo, aumento de 1,0% da produção em São Paulo, importante centro de produção da raíz e responsável por 5,8% do total colhido pelo País.

Na região Sul, a queda da produção alcançou 1,7% frente ao ano anterior, com destaque para o Paraná (segundo maior produtor, com 17,2% da produção nacional), com quedas de 24,9% na área plantada e de 9,7% na área a ser colhida.

CEREAIS DE INVERNO (em grãos) – Pelo segundo ano consecutivo, a produção brasileira de trigo foi afetada pelo excesso de chuvas durante a fase final do ciclo das lavouras. Segundo o GCEA/PR, no Paraná, a estimativa da produção encontra-se 12,7% menor que em 2014, enquanto que em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, segundo os GCEAs desses estados, as perdas alcançam 42,9% e 16,7%, respectivamente.

A estimativa da produção de trigo do País em 2015, após contabilizar o excesso de chuvas na região Sul (89,8% da produção nacional) é de 5,4 milhões de toneladas, redução de 13,4% frente ao ano anterior. A redução da área plantada em 2015 alcançou 12,7% frente a 2014, com a área colhida declinando 13,1% e o rendimento médio caindo 0,3%.

A estimativa da produção da aveia do País apresenta crescimento de 4,8%, em decorrência, principalmente do aumento da área de plantio no Rio Grande do Sul, que este ano cresceu 26,2% frente a 2014. A produção esperada do cereal para 2015 é de 453,0 mil toneladas.

Para a cevada, a queda da estimativa da produção em relação ao ano anterior foi de 26,4%, com o Paraná, principal produtor do País com participação de 71,0% no total nacional, reduzindo sua estimativa de produção para 2015 em 29,2%, e o Rio Grande do Sul informando perdas de 25,0%. Em Santa Catarina, houve aumento de 251,4% na área plantada com o cereal, mas o aumento da produção, em relação ao ano anterior, deve alcançar apenas 124,4%. O excesso de chuvas prejudicou as lavouras.

Quanto ao triticale, o aumento da estimativa de produção foi de 75,6% frente ao ano anterior, com São Paulo, principal produtor e responsável por 60,1% do total previsto a ser colhido, aumentando em 280,2% a área plantada e a área a ser colhida com esse cereal.

Em 2016, safra deve crescer 0,5% e chegar a 210,7 milhões de toneladas

Neste terceiro prognóstico, a produção de Cereais, Leguminosas e Oleaginosas para 2016, foi estimada em 210,7 milhões de toneladas, 0,5% superior ao total obtido na safra colhida em 2015, maior 1,1 milhão de toneladas, acréscimo de 0,7% em relação ao prognóstico de novembro, portanto um indicativo de uma nova safra recorde para 2016.

Este acréscimo na estimativa de produção está relacionado à maior área que se espera colher na Região Nordeste (4,7%), Sudeste (1,2%) e Sul (0,8%), que apresentaram problemas climáticos em 2015. A Região Centro-Oeste também apresenta acréscimo da área a ser colhida em 2016 (1,5%), mas decréscimo no volume da produção esperada em relação a 2015 (-1,6%), baseado em estimativas de produtividade menos satisfatórias que as ocorridas em 2015, notadamente para o milho em grão 2ª safra. A Região Norte estima uma menor área destinada a este grupo de produtos, redução de 2,6% frente a área colhida em 2015, com consequente redução da expectativa de produção na comparação ao ano anterior de 5,2%, influenciadas principalmente pelas culturas de milho e arroz.

Dentre os oito produtos com prognósticos analisados para a próxima safra, cinco apresentaram variações positivas na produção em relação a 2015: amendoim (em casca) 1ª safra (33,5%), café (em grão) arábica (15,6%), café (em grão) canephora (3,3%), feijão (em grão) 1ª safra (16,7%) e soja (em grão) (5,9%). Apresentaram variação negativa: o algodão herbáceo (4,5%), o arroz (em casca) (3,4%) e o milho (em grão) 1ªsafra (4,6%).

Com relação à área a ser colhida em 2016 na comparação com a área colhida em 2015, apresentaram variação positiva o algodão herbáceo (0,2%), o amendoim 1ª safra (11,6%), o café arábica (2,7%), o feijão 1ª safra (7,3%) e a soja (2,8%), e apresentaram variação negativa o arroz (4,1%), o café canephora (3,2%) e o milho 1ª safra (3,7%).

Nos cálculos das projeções dos rendimentos para a safra 2016 foram utilizadas as médias dos resultados obtidos nos cinco últimos anos, eliminando-se os extremos. Para a estimativa da produção nacional total em 2016, os números levantados nas regiões e estados onde a pesquisa foi realizada foram somados às projeções obtidas a partir das informações de anos anteriores, para as Unidades da Federação que ainda não dispõem das estimativas iniciais.

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A expectativa de área plantada para a safra 2016 é de 1,1 milhão de hectares, valor estável com relação ao ano de 2015. Mesmo com área plantada praticamente inalterada, a estimativa de produção é 4,5% menor que o relatado no ano anterior. Este fato decorre da redução da estimativa do rendimento médio cuja previsão é 4,7% menor que o da safra anterior. Em valores absolutos, são esperados 3,9 milhões de toneladas de algodão, com rendimento médio de 3.726 kg/hectares.

Mato Grosso e Bahia, estados responsáveis por 87,4% da produção nacional, trazem dados inalterados com relação ao prognóstico anterior. A estimativa já fornecida por Mato Grosso mostra elevação da área plantada para 611,6 mil hectares, 3,3% maior que na safra anterior, porém, com o atraso das chuvas de verão espera-se rendimento médio de 3.844 kg/hectares, 5,4% a menos que na safra de 2015. O GCEA/MT aguarda uma produção de 2,4 milhões de toneladas, queda de 2,3% em relação ao ano anterior.

ARROZ (em casca) – O terceiro prognóstico de produção para safra 2016 para o arroz em casca é de uma produção esperada de 11,9 milhões de toneladas, numa área plantada de 2,1 milhões de hectares, menores, respectivamente, em 2,9% e 9,2%, quando comparadas às informações de novembro. Já o rendimento médio de 5.781 kg/ha encontra-se 7,0% maior. Em relação a safra anterior a produção e a área plantada encontram-se menores, respectivamente, em 3,4% e 5,1% e o rendimento médio esperado maior 0,7%.

O Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, deve contribuir com cerca de 70,9% da produção desse cereal, ou 8.433.761 toneladas, numa área plantada de 1.087.023 hectares, menores, respectivamente, em 2,8% e 3,6%, quando comparadas as estimativas para 2015. Já o rendimento médio esperado de 7.759 kg/ha encontra-se 0,3% maior.

CAFÉ (em grãos) – Após dois anos consecutivos de problemas climáticos nas principais Unidades da Federação produtoras de café, clima excessivamente seco e quente em 2014 para São Paulo e Sul de Minas e, em 2015, pelas estiagens no Espírito Santo e no Cerrado Mineiro, a produção de café do País deve recuperar-se em parte e fechar 2016 com crescimento de 12,5% frente ao ano anterior. Ao todo, o País deve colher uma safra de 2.984.433 toneladas, ou 49,7 milhões de sacas de 60 kg.

A estimativa da produção para 2016, neste primeiro prognóstico do café arábica, realizado em dezembro de 2015, alcançou 2.300.186 toneladas, ou 38,3 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 15,6% em relação a 2015, com destaque para o rendimento médio, que apresenta crescimento de 12,5%.

Em Minas Gerais, principal produtor, o crescimento da produção alcança 21,4% e deve chegar a 1.609.256 toneladas em 2016. Em São Paulo e no Espírito Santo, o crescimento da produção em 2016 deve alcançar 6,9% e 21,2%, respectivamente.

Para o café canephora, a estimativa da produção para 2016 alcança 684.247 toneladas, ou 11,4 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 3,3% em relação a 2015. A estimativa da área plantada apresenta queda de 15,7%, enquanto o rendimento médio aumenta em 6,7%.

A recuperação da produção é mais forte no Espírito Santo, principal produtor desse tipo de café, que em 2015 sofreu com estiagens. Apesar da queda de 19,0% na área plantada, o rendimento médio deve aumentar 12,6%, alcançando 1.747 kg/ha.

Esta é a primeira estimativa de produção de café do País para 2016, sendo realizada em função das avaliações do nível de cargas da floração e dos “chumbinhos” das lavouras nos diversos municípios produtores. Os levantamentos são realizados municipalmente, principalmente, através das reuniões das Comissões de Estatísticas Agropecuárias, com a participação de técnicos, representantes dos produtores, cooperativas e Órgãos ligados à agropecuária dos estados.

FEIJÃO 1ª SAFRA (em grãos) – Para a safra de 2016, é esperado 1,6 milhão de toneladas de feijão. Este valor supera a safra 2015 em 16,7%. A melhora na expectativa advém da melhora no rendimento médio nacional que é 8,7% superior ao ano anterior, bem como na maior área a ser colhida (7,3%).

O Paraná se mantém como o principal produtor nacional da primeira safra de feijão. A estimativa de produção paranaense é de 325,8 mil toneladas, valor inferior em 1,9% quando comparado com 2015 e 3,1% menor quando comparado com o prognóstico anterior.

O Ceará, após apresentar estimativa de produção de 226,4 mil toneladas, subiu para o segundo lugar entre os maiores produtores nacionais. A alta da produção é resultado da expectativa de melhora do quadro chuvoso no estado.

Minas Gerais permanece como o terceiro maior produtor nacional. Estima-se que serão produzidas 200,7 mil toneladas de feijão na primeira safra. Mesmo com o atraso das chuvas espera-se que o clima para a safra 2016 seja mais estável que o observado no ano anterior e consequentemente eleve o rendimento médio em 20,9% passando a ser 1.340 kg/hectares.

MILHO 1ª SAFRA (em grão) – O atual prognóstico trás mais um decréscimo na produção de milho primeira safra. Esta queda de produção é consequência da valorização da soja, concorrente direto por área. São esperadas para esta primeira safra 28,1 milhões de toneladas, 4,6% menor que o obtido em 2015 e 2,4% menor que a estimativa do prognóstico anterior. A área plantada sofreu contração de 7,4% quando comparado com 2015 e de 2,0% quando comparado aos dados do segundo prognóstico.

Rio Grande do Sul e Paraná já contabilizam em seus rendimentos médios os excessos de chuvas no último trimestre de 2015. O GCEA/RS estima rendimento médio de 6.409 kg/hectares, enquanto o GCEA/PR estima 8.601 kg/hectares, menores, respectivamente, 1,8% e 0,5% quando comparado com 2015. A produção de milho em ambos os estados também sofreu a influência negativa da redução de área plantada. É esperado que o estado gaúcho reduza a sua área em 12,9% e o estado paranaense em 20,9%. A consequência das reduções observadas anteriormente é a diminuição da produção em 14,6% no Rio Grande do Sul e em 21,3% no Paraná, quando comparado com 2015. São estimadas produções de 4,8 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul e 3,7 milhões de toneladas no Paraná.

SOJA (em grão) – Novo recorde de produção de soja para 2016 é apontado neste terceiro prognóstico. A produção estimada de 102,7 milhões de toneladas supera a produção de 2015 em 5,9%. Esta alta na produção é resultado da valorização da soja no mercado interno.

O Mato Grosso se mantém líder nacional na produção da leguminosa. Com expectativa de área de 9,2 milhões de hectares e de rendimento médio em 3.106 kg/ha, estima-se que a produção mato-grossense seja de 28,5 milhões de toneladas, 2,5% maior que a de 2015.

O Paraná trouxe estimativa de produção de 18,3 milhões de toneladas, maior 6,7% quando comparado a 2015. As lavouras de soja também já se encontram plantadas e segundo GCEA/PR apresentam bom aspecto. Os estágios de desenvolvimento predominantes são de desenvolvimento vegetativo (35%), floração (40%) e frutificação (25%).

No Rio Grande do Sul, espera-se uma produção de 16,2 milhões de toneladas, 3,4% maior que a de 2015. A estimativa de área plantada de 5,5 milhões de hectares supera em 3,9% a área de 2015. Os excessos de chuvas estão sendo contabilizados no rendimento médio e espera-se uma leve queda de 0,5%, totalizando 2.967 kg/hectares.

Os levantamentos de Cereais, leguminosas e oleaginosas foram realizados em colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra das principais lavouras brasileiras, iniciado em outubro de 2007.

Comunicação Social
12 de Janeiro de 2016

Notícia http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias.html?view=noticia&id=1&idnoticia=3081&busca=1&t=safra-2015-recorde-ibge-espera-alta-0-5-2016

Close