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Por 11:13 HSBC

Sindicato paralisa HSBC Palácio Avenida mais uma vez

Mobilização continua enquanto o banco se negar a dialogar e esclarecer as dúvidas dos trabalhadores.

Sindicato paralisa HSBC Palácio Avenida mais uma vez
(Foto: SEEB Curitiba).
Diante da intransigência do HSBC em não dialogar com os representantes dos trabalhadores, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região está realizando mais uma paralisação, nesta quarta-feira, 09 de março, no Centro Administrativo e na Agência Palácio Avenida, localizados no centro da capital paranaense. Desde que o banco inglês anunciou que não faria o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), sem nem divulgar o balanço de 2015 no Brasil, o movimento sindical vem promovendo ações de mobilização.

“O Sindicato tem recebido muitas reclamações de bancários devido à falta de esclarecimento por parte do HSBC. O banco se limitou a informar que não fará o pagamento da PLR, porém não explica se houve prejuízo ou se há outros motivos. Isso gera uma insatisfação e uma indignação generalizada entre a categoria”, afirma Cristiane Zacarias, coordenadora nacional da COE/HSBC. “Enquanto isso, nós continuamos insistindo que o HSBC converse com os representantes dos bancários. Mas o banco prefere se negar a prestar qualquer esclarecimento. Por outro lado, segue cobrando dos trabalhadores o cumprimento de 200% das metas, por meio do desrespeito e do assédio que gera adoecimento”, acrescenta.

Força policial

Como se já não bastasse a omissão e a resistência em dialogar com os bancários, no início da paralisação desta quarta (09), a assessoria jurídica do HSBC informou aos dirigentes sindicais que, diante da organização dos trabalhadores, recorreria à força policial. “É inaceitável que o HSBC prefira nos ameaçar com ‘força policial’ a apresentar os números do balanço”, critica Elias Jordão, presidente do Sindicato.

Histórico

No dia 22 de fevereiro, o HSBC anunciou um lucro global de US$ 13,52 bilhões em 2015. O banco informou também uma queda de 1,2% no lucro líquido e um prejuízo inesperado no quarto trimestre (US$ 858 milhões). Apesar da redução no volume de negócios (2,36%), o presidente do banco, Douglas Flint, chamou o desempenho do grupo de “globalmente satisfatório”.

No dia seguinte, 23 de fevereiro, os bancários do HSBC foram surpreendidos pela notícia de que o banco não faria o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR 2015), nem do Programa Próprio de Remuneração (PPR Administrativo). A informação foi veiculada em um comunicado interno e a justificava para o não pagamento foi resumida a “considerando o resultado do Grupo HSBC no Brasil”. Apesar disso, o resultado de 2015 no Brasil ainda não foi divulgado.

Em resposta ao comunicado, no dia 24 de fevereiro, o Sindicato paralisou os Centros Administrativos HSBC Palácio Avenida, Kennedy, Xaxim e Vila Hauer. Mesmo com a mobilização, o banco se negou a agendar uma reunião com os representantes dos trabalhadores.

A postura intransigente do HSBC motivou os bancários a realizarem uma mobilização nacional. No dia 29 de fevereiro, o Sindicato fechou, durante todo o dia, 18 agências do banco inglês na capital paranaense e reiterou a necessidade de abrir o canal de diálogo para debater o pagamento da PLR.

No dia 01 de março, a Contraf-CUT reiterou, por meio de um ofício enviado à direção de RH do banco, a necessidade urgente de agendamento de um reunião para tratar da divulgação interna do não pagamento da parcela devida a título de PLR aos funcionários do HSBC Brasil. Mesmo assim, o banco não se dispôs a abrir o diálogo.

Renata OrtegaSEEB Curitiba

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