Através de denúncias, funcionários afirmam ser constrangidos com a pesquisa referente à Cassi
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região têm recebido denúncias de que o Banco do Brasil tem aplicado uma pesquisa por telefone, com diversos bancários, referentes à Caixa de Assistência (CASSI), além de questionar a representação do sindicato durante as negociações coletivas, o que caracteriza uma prática antissindical pelo banco.
A prática, que já vem ocorrendo nos últimos 3 anos e tem se intensificado nos últimos dias, constrange os funcionários que se sentem induzidos a responder de forma favorável ao patrão, já que podem ser facilmente identificados e consequentemente sofrer retaliações. Além do mais, os funcionários reclamam que a pesquisa poder ser facilmente manipulada conforme o que se deseja de retorno.
O objetivo do banco é endossar, com a palavra de alguns funcionários, que ainda não puderam conhecer mais profundamente o plano de saúde, práticas prejudiciais ao funcionalismo da Cassi, tais como: quebra de solidariedade, fim da Cassi para os aposentados, aumento de contribuição sem a contrapartida da mudança no modelo de atendimento para um modelo preventivo baseado na ESF (Estrategia de Saúde à Familia), modelo esse já demonstrado pelos diretores eleitos ser muito mais eficiente na questão de redução de custos e garantia de sustentabilidade e perenidade do nosso plano de saúde.
Além disso, através da pesquisa, o banco procura desqualificar a representação dos trabalhadores através do sindicato, pois a entidade sempre fez a resistência contra propostas que prejudicam os funcionários, sempre lutou pela Cassi e apoiou a resistência dos diretores eleitos contra os retrocessos impostos pelo banco.
Nos últimos tempos o BB deixou de contratar, não incorporou funções, congelou salários por anos, não trouxe para a Cassi o plano odontológico, que garantiria mais recursos, lançou um plano de funções que achata o salário de um grande número de funcionários, sem pensar no impacto deficitário que isso traria para a Cassi e não investiu no novo modelo preventivo – mudança planejada há mais de uma década – e agora quer cobrar dos funcionários essa conta.
As negociações com o banco pouco avançaram e os recursos estão se esgotando. Os bancários não tem mais como disponibilizar recursos para o pagamento das responsabilidades da CASSI, que pode inclusive sofrer a intervenção da ANS, o que seria prejudicial, pois acabaria com benefícios exclusivos atuais, tais como: o atendimento aos crônicos, PAF (Plano de Assistente Farmacêutica), que faz a entrega de remédios de uso continuo em casa e diversos outros programas.
Por isso, o sindicato conclama à todos: Não responda a pesquisa do Banco do Brasil! Os trabalhadores não podem dar ao banco um instrumento que prejudica tão somente a própria categoria.