As próximas rodadas de negociação já foram marcadas para 24 e 29 de agosto, em São Paulo
Terminou nessa sexta-feira (19), em São Paulo, o segundo dia de negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sobre a minuta da categoria. Composta de 128 artigos, a pauta foi apresentada integralmente e já era de conhecimento dos bancos desde o dia 9 de agosto.
Júnior César Dias, presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná – FETEC-CUT-PR, ressalta que o momento exige que a categoria permaneça mobilizada em torno da unidade e legitimidade das reivindicações.
“Deixamos claro que não abriremos mão do aumento real; que há necessidade urgente em melhorar a fórmula da PLR; precisamos do parcelamento das verbas relacionadas às férias; queremos a valorização do piso; resolver o problema da diferença salarial entre homens e mulheres; o vale cultura tem quer continuar fazendo parte dos benefícios independente da legislação; as agências digitais, obrigatoriamente, deverão ser tema de discussão nesta campanha”, informou Dias.
O presidente da FETEC-CUT-PR declarou que a manutenção do emprego, mais saúde, segurança e melhores condições de trabalho também são temas centrais para a categoria, que vem sendo reduzida a cada semestre, com demissões e extinções de cargos “inexplicáveis e inaceitáveis”, frisou Dias.
As próximas rodadas de negociação com a Fenaban foram marcadas para o dia 24, quarta-feira da semana que vem, e também para o dia 29 de agosto. Com o Banco do Brasil, a primeira rodada de negociação está agendada para o dia 23 (terça-feira), em Brasília. No dia 24, tem nova negociação com a Caixa, também na Capital Federal.
Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$8.317,90
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo)
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Autor: Cinthia Alves
Fonte: FETEC-CUT-PR