Mobilizações em todo o país visam pressionar a Fenacrefi a atender às reivindicações da categoria.
As sedes da BV Financeira localizadas no Centro de Curitiba e em São José dos Pinhais tiveram a abertura retardada até as 11h00 nesta segunda-feira, 22 de agosto. A mobilização integra o Dia Nacional de Lutas dos Financiários e objetiva pressionar a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) a mudar de postura e atender às reivindicações da categoria. Nesta terça-feira, 23 de agosto, há nova rodada de negociação com a Fenacrefi, a partir das 10h00, em São Paulo.
De acordo com Katlin Salles, secretária do Ramo Financeiro do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região, nas negociações, os patrões vem demostrando suas intenções de suprimir direitos e garantias com a finalidade de explorar ainda mais a mão-de-obra. ”O Dia Nacional de Luta vem no sentido de informar que este não é o caminho correto”, afirma. “Os financiários, a cada dia que passa, têm sobrevivido a um estado de exploração crescente, com metas abusivas e constante terceirização, além de jornadas exaustivas, com salários reduzidos e condições de saúde e trabalho precários”, acrescenta.
Negociações
No último dia 02 de agosto, a Fenacrefi apresentou proposta de reajuste de 7,86% para as cláusulas econômicas (correspondente a 80% do INPC de 9,83%, referente a junho de 2016). O índice está muito aquém da reivindicação dos financiários, de reposição da inflação mais 5% de aumento de real, e foi rejeitado, pelos representantes dos trabalhadores, na própria mesa de negociação.
Leia mais:
Fenacrefi propõe 7,86% de reajuste e financiários rejeitam
Renata OrtegaSEEB Curitiba, com Contraf-CUT
==================================
Sindicato de Londrina mobiliza funcionários da BV Financeira no Dia Nacional de Luta
Reunião com os financiários em Dia Nacional de Luta
22/08/2016
Segundo Lupinha Moretto, diretor do Sindicato de Londrina, na última rodada de negociação, realizada no dia 2 de agosto, as empresas ofereceram um reajuste de 7,86%, índice bem inferior à inflação medida no mês de junho, data base da categoria, que ficou em 9,83%. “Os financiários reivindicam a reposição total da inflação mais 5% de aumento real, como forma de manter o poder de compra dos salários”, explica.
Lupinha lembra que a grande maioria das financeiras pertencem aos bancos e não têm motivos para reclamar da crise, pelo contrário.