Saúde dos bancários é abordada em Congresso da Fundacentro

O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Walcir Previtale, abordou alguns aspectos que caracterizam as lutas dos trabalhadores da categoria bancária pelo direito de escolhas de sua própria saúde, já que os bancos têm a prerrogativa de aceitar ou não atestados e de impôr como a saúde deve ser tratada.

“Na televisão os bancos mostram um mundo que não é nada daquilo. Há estranhamento do setor patronal sobre o acesso dos trabalhadores na formação de políticas da saúde. As metas são colocadas pelo setor patronal para que o bancário apenas cumpra. Há hegemonia do patronato sobre a medicina do trabalho”, apontou o dirigente.

Ele afirmou que essas questões fragilizam o enfrentamento pelo movimento sindical. “Os debates não avançam com o setor patronal atrasado, conservador e golpista. Não temos democracia nos locais de trabalho e a Febraban está nos bastidores do golpe como esteve em 1964”, afirmou Previtale.

A mesa foi diversificada, com a presença de dirigentes de outras centrais sindicais e de abordagens sobre a gravidade dos acidentes de trabalho no setor metalúrgico, Também foram abordados todos os aspectos que envolvem a luta feminista pela transversalidade de gênero, como os temas conservadores que agora surgem (retrocessos relativos ao debate sobre aborto, sobre o gênero nas escolas, a maioridade penal, a dupla jornada das mulheres e as diferenças salariais.