Bancos encontram formas diversas de desrespeitar o direito de greve dos trabalhadores.
Nos bancos privados, os trabalhadores estão sendo direcionados para os endereços de contingenciamento. Centenas de bancários estão trabalhando em locais sem estrutura adequada, sem segurança e que põem em risco suas vidas e saúde. A pressão para não adesão à greve chega ao limite, com ameaças de rebaixamento e demissão.
Nos bancos públicos, o cenário não é muito diferente. Gestores já foram orientados a fazer enquete pessoalmente com os bancários, questionando e expondo quem fará greve. Além da coerção individual, estão circulando boatos de ameaça de descomissionamentos dos trabalhadores que aderirem, de que as horas paradas terão que ser 100% repostas e de que os grevistas terão férias canceladas e não poderão tirar abono durante o período de compensação de horas.
O que fazer
O Sindicato orienta que os trabalhadores não se sintam intimidados pelos boatos e ameaças dos gestores, pois a greve é um direito garantido por lei. Além disso, é importante guardar todo tipo de prova do assédio, como mensagens de celular, e-mails, fotos ou gravações. As denúncias de contingência e de coerção também devem ser encaminhadas ao Sindicato para que a entidade possa tomar as providências necessárias. Leia mais orientações:
• O Artigo 9 do Capítulo II da Constituição Federal e a Lei de Greve (7.783/89) garantem o direito à greve.
• A greve é de todos, mas é importante que cada bancário faça a sua parte para a categoria alcançar seus objetivos.
• Denuncie ao Sindicato o assédio moral e a coação dos superiores para furar a greve ou trabalhar em outro local ou por acesso remoto.
• Se você for convidado para trabalhar durante a paralisação, não aceite. Grave o registro da mensagem ou e-mail, com hora e data, e encaminhe ao Sindicato.
• Trabalhar em casa durante a greve, além de desrespeitar e enfraquecer a luta da categoria, pode trazer problemas jurídicos, uma vez que isso não está previsto no contrato de trabalho.
• Os boatos vão tentar confundir a categoria. Acredite apenas nas informações divulgadas oficialmente pelo Sindicato. Acesse www.bancariosdecuritiba.org.br.
• Convença os demais bancários sobre a importância da greve e da unidade da categoria.
• Informe os clientes dos motivos da greve, da exploração e desrespeito dos bancos com clientes e usuários e das reivindicações dos bancários.
• Vá às atividades, passeatas, reuniões e assembleias convocadas pelo Sindicato. Elas são importantes para debater e fortalecer a estratégia de mobilização para pressionar os banqueiros.
• Tenha sempre em mãos o telefone do Sindicato: (41) 3015-0523.
Renata OrtegaSEEB Curitiba