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Por 10:50 Sem categoria

Bancário, a greve é um direito. Denuncie os abusos

Bancos encontram formas diversas de desrespeitar o direito de greve dos trabalhadores.

A greve mal começou, mas, desde o início da semana, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região tem recebido incontáveis denúncias de bancários que estão sendo ameaçados ou pressionados a não aderirem ao movimento paredista, que iniciou em todo o Brasil no dia 06 de setembro.

Nos bancos privados, os trabalhadores estão sendo direcionados para os endereços de contingenciamento. Centenas de bancários estão trabalhando em locais sem estrutura adequada, sem segurança e que põem em risco suas vidas e saúde. A pressão para não adesão à greve chega ao limite, com ameaças de rebaixamento e demissão.

Nos bancos públicos, o cenário não é muito diferente. Gestores já foram orientados a fazer enquete pessoalmente com os bancários, questionando e expondo quem fará greve. Além da coerção individual, estão circulando boatos de ameaça de descomissionamentos dos trabalhadores que aderirem, de que as horas paradas terão que ser 100% repostas e de que os grevistas terão férias canceladas e não poderão tirar abono durante o período de compensação de horas.

O que fazer
O Sindicato orienta que os trabalhadores não se sintam intimidados pelos boatos e ameaças dos gestores, pois a greve é um direito garantido por lei. Além disso, é importante guardar todo tipo de prova do assédio, como mensagens de celular, e-mails, fotos ou gravações. As denúncias de contingência e de coerção também devem ser encaminhadas ao Sindicato para que a entidade possa tomar as providências necessárias. Leia mais orientações:

• O Artigo 9 do Capítulo II da Constituição Federal e a Lei de Greve (7.783/89) garantem o direito à greve.

• A greve é de todos, mas é importante que cada bancário faça a sua parte para a categoria alcançar seus objetivos.

• Denuncie ao Sindicato o assédio moral e a coação dos superiores para furar a greve ou trabalhar em outro local ou por acesso remoto.

• Se você for convidado para trabalhar durante a paralisação, não aceite. Grave o registro da mensagem ou e-mail, com hora e data, e encaminhe ao Sindicato.

• Trabalhar em casa durante a greve, além de desrespeitar e enfraquecer a luta da categoria, pode trazer problemas jurídicos, uma vez que isso não está previsto no contrato de trabalho.

• Os boatos vão tentar confundir a categoria. Acredite apenas nas informações divulgadas oficialmente pelo Sindicato. Acesse www.bancariosdecuritiba.org.br.

• Convença os demais bancários sobre a importância da greve e da unidade da categoria.

• Informe os clientes dos motivos da greve, da exploração e desrespeito dos bancos com clientes e usuários e das reivindicações dos bancários.

• Vá às atividades, passeatas, reuniões e assembleias convocadas pelo Sindicato. Elas são importantes para debater e fortalecer a estratégia de mobilização para pressionar os banqueiros.

• Tenha sempre em mãos o telefone do Sindicato: (41) 3015-0523.

Renata OrtegaSEEB Curitiba

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