Banco nega acesso aos dirigentes sindicais nos centros administrativos
Nos últimos dias, lamentavelmente, o Banco Bradesco tem negado acesso aos dirigentes sindicais nos centros administrativos da instituição para entrega da Folha Bancária e proibindo a visita aos locais de trabalho para diálogo com os bancários e constatação das condições de trabalho.
Ao restringir a atuação da atividade sindical, limitando o contato do bancário com os dirigentes, o banco comete uma prática antissindical, uma vez que fere o artigo 8º da Constituição Federal que assegura a liberdade de associação sindical, que abrange o direito de exercício das respectivas atividades sindicais, além de desrespeitar outras legislações em vigor como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), normas internacionais sobre liberdade de atuação do dirigente sindical e livre acesso aos locais de trabalho e a própria Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária.
A dirigente sindical Karla Huning salienta que todo o trabalho desenvolvido pelo Sindicato é pautado com o diálogo junto aos trabalhadores e por isso é imprescindível o contato com o bancário não só nas assembleias, mas no seu local de trabalho e que ao impedir as visitas o banco interfere e prejudica a comunicação com os trabalhadores.
“O objetivo das visitas é levar informações aos bancários sobre seus direitos e ouvir suas necessidades. Nesse momento complicado de transição Bradesco/HSBC, é ainda mais importante que o sindicato esteja presente na base, mas o Bradesco, apesar da nossa solicitação, não permite nossa entrada. Mesmo com a postura intransigente, o banco não vai nos calar” Afirma Huning, secretária de assuntos jurídicos Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.
O Sindicato informa que solicitou a mediação do Ministério Público do Trabalho para resolver a questão e que outras medidas cabíveis serão tomadas, e espera ainda, que o banco mude sua postura.
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Camila CecchinSEEB Curitiba