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Publicações sobre reforma da previdência, bancos públicos e formação sindical são lançadas no Congresso da Contraf-CUT

09/03/2017

Jailton Gracia / Contraf-CUT

Delegados e delegadas receberam as publicações no Congresso - Jailton Gracia / Contraf-CUT

Delegados e delegadas receberam as publicações no Congresso

No início da noite desta quinta-feira (9), durante o Congresso Extraordinário da Contraf-CUT, foram lançadas três publicações.  A cartilha “Primeiras dicas para novos dirigentes sindicais” e os livros “O Golpe de 2016 e a Reforma da Previdência – narrativas de resistência e “Bancos Públicos do Brasil”.

A publicação da Contraf-CUT “Primeiras dicas para novos dirigentes sindicais”  se propõe a ser um pequeno guia para auxiliar companheiros e companheiras no início de suas jornadas como dirigentes de entidades sindicais. Durante a apresentação, Ernesto Izumi, secretário de Formação da Confederação, destacou que objetivo é, sem pretender apresentar verdades absolutas, dar subsídios para a discussão, o debate e a ação dos novos diretores.

O livro “bancos Públicos do Brasil “do economista Fernando da Costa tem o apoio da Fenae destaca a importância destas instituições para o mercado de crédito e para regular a economia brasileira.

“Golpe de 2016 e a Reforma da Previdência”, conta com textos de diversos autores e tem o apoio da Contraf- CUT e também da Fenae. A publicação foi apresentada durante o Congresso por Wilson Ramos Filho e Nilo Beiro. Os advogados destacaram que a reforma da previdência não estaria em pauta sem o golpe e que não podem ser analisados separadamente.

Paulo Salvador, diretor da Rede Brasil Atual, também integrou a mesa e falou sobre as mídias direcionadas ao mundo do trabalho e que dão destaque às ações dos trabalhadores. Além da Rede Brasil, A TVT, a Rádio Brasil Atual e a Revista do Brasil colocam no ar pautas e debates políticos de interesse de toda a classe trabalhadora. O diretor divulgou um novo canal de comunicação e de acesso aos conteúdos desenvolvidos, pelo Whatsapp 98361-3210, “com  informações quentes e as principais notícias do dia”, informou.

Fonte: Contraf-CUT

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Primeira mesa do Congresso Extraordinário da Contraf-CUT reforça necessidade de mobilização contra reformas da Previdência e trabalhista

Especialistas evidenciam os riscos apresentados pelos projetos à classe trabalhadora

09/03/2017

Os ataques do governo golpista à classe trabalhadora pautaram a primeira mesa de debate do Congresso Extraordinário da Contraf-CUT, na manhã desta quinta-feira (9), na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

O ex-deputado e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Claudio Puty, enfatizou a grande ameaça que a PEC 287 do governo neoliberal representa aos direitos dos trabalhadores brasileiros.

Ao apresentar o estudo “Previdência: Reformar ou Excluir? ”, realizado conjuntamente pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e por professores da Unicamp, Cláudio mostrou dados que desmentem a tese de que a reforma é a única saída para evitar a falência no futuro.

Segundo ele, o déficit do INSS é fictício e os neoliberais aproveitam deste momento para caçar os direitos dos trabalhadores. “Os neoliberais misturam a necessidade de ajustes eventuais com reforma fiscal e o desmonte do país. Além de o governo Temer faltar com transparência, é possível afirmar que os gastos previdenciários são desconcentradores de renda”.

Para Cláudio a proposta representa a demolição da previdência “O objetivo desta reforma não é salvar a previdência, só o governo do golpe pode propor um projeto tão nefasto como esse sem discutir com a sociedade brasileira. Estamos diante de um ataque aos direitos previdenciários hoje garantidos às parcelas mais desprotegidas da população. Entre os mais atingidos por esta proposta estão as mulheres, trabalhadores rurais, deficientes e idosos”, afirmou.

O professor da Escola Dieese de Ciências do Trabalho, Carlindo Paulo Rodrigues de Oliveira, foi o responsável por elucidar os riscos iminentes na proposta de reforma trabalhista. “É necessário analisar a proposta do governo no bojo de uma série de iniciativas que visam a retirada de direitos dos trabalhadores, como a reforma da previdência e a proposta da terceirização. Juntos, esses três aspectos fazem parte da agenda prioritária dos empresários. Não é de hoje que as entidades representativas dos empresários são pautadas por esse objetivo.”

O professor lembrou que, no passado, já houve tentativas de reformas trabalhistas, como a do Governo Lula – que garantia avanços importante para a classe trabalhadora –, mas infelizmente foi bloqueada no Congresso Nacional. “É preocupante que inicialmente a proposta de reforma trabalhista tenha sido apresentada por medida provisória. Essa proposta foi enviada para as centrais sindicais no final do ano. Depois, um projeto de lei alterou o texto e piorou ainda mais a situação dos trabalhadores”, explicou.

Em meio a um texto repleto de armadilhas para a classe trabalhadora, Carlindo Paulo destacou três pontos: “O artigo 435A, que dificulta a eleição de um representante dos trabalhadores nas empresas, a prevalência do legislado sobre o negociado, que altera os principais aspectos da relação de trabalho, como a jornada de trabalho e a remuneração, e a proposta de mudança na lei de trabalho temporário, ampliando os casos que as empresas pode contratar neste regime, de 25 para 30 horas”, informou. “Não fica claro se essa expansão terá efeito claro se terá alguma modificação nas categorias que já tem jornada de 30 horas, como a dos bancários”, completou.

O painel foi encerrado com falas de delegadas e delegados do Congresso que reforçaram a necessidade da luta para impedir o avanço dessas reformas no Congresso.

Fonte: Contraf-CUT

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