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Por nenhum direito a menos, CUT prepara marcha a Brasília e nova Greve Geral

09 Maio 2017 – 11:11

 CUT2017Paralisacao

Direção Executiva da entidade faz balanço da Greve Geral de 28 de abril e aponta para o fortalecimento da luta, com foco no combate às reformas antipopulares

Como é o futuro da nação brasileira e da classe trabalhadora que a constrói que está em jogo neste momento histórico, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) convoca os movimentos sindicais e populares, além do conjunto das entidades da sociedade civil, a cerrarem fileiras em torno da luta para derrotar as reformas do governo Temer no Congresso Nacional. O foco dessas mobilizações é o mesmo de sempre: nenhum direito a menos.

O objetivo da iniciativa é manter a classe trabalhadora e a sociedade mobilizadas e em movimento, de modo a aumentar a pressão contra as reformas da Previdência e trabalhista. Uma das ações previstas é a marcha de ocupação de Brasília, por ocasião da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados, prevista para o fim de maio. Também está sendo analisada a possibilidade de deflagração de uma nova Greve Geral, no início de junho, em um patamar superior ao do dia 28 de abril.

A orientação é para que o esforço seja concentrado na pressão e convencimento de deputados federais e senadores, por meio do diálogo direto e da mobilização em suas bases políticas, para que votem contra as reformas propostas pelo governo ilegítimo de Temer.

Reunida no último dia 3 de maio, em São Paulo (SP), a Direção Executiva da CUT aprovou resolução na qual afirma que “a luta continua porque os trabalhadores não podem perder um minuto sequer, tendo pela frente um duplo desafio: derrotar a reforma trabalhista e a reforma da Previdência no Congresso, intensificando o combate ao governo Temer e em defesa de eleições diretas”.

De acordo com a CUT, “uma vez derrotado o governo Temer, com sua agenda de ataques aos direitos trabalhistas e à aposentadoria, abre-se a via para uma saída democrática para a crise em que a direita, com o apoio da mídia, do Judiciário e da Polícia Federal, mergulhou o Brasil”. É preciso, segundo a entidade, dar a palavra ao povo soberano com antecipação das eleições e uma Assembleia Nacional Constituinte que anule todas as medidas antinacionais e contrárias ao povo brasileiro já adotada pelo Congresso Nacional, abrindo as vias para as reformas populares necessárias.

Em outro trecho do documento da CUT, é dito ainda que “a luta continua porque o presidente ilegítimo Michel Temer não desistiu das reformas, apesar de serem amplamente rejeitadas pela população e apesar do próprio governo, atingido em seu núcleo com denúncias de corrupção, contar com baixíssimo grau de aprovação”. A crítica se estende ao fato de que o atual governo federal piora a crise econômica no país com sua política de austeridade, elevando o desemprego para 14,2 milhões de pessoas.

Avaliação sobre a Greve Geral de 28 de abril

Sobre a Greve Geral de 28 de abril, considerada a maior da história do país, a resolução da Direção Executiva da CUT confirma que, em todos os estados e em mais de 250 municípios, greves e manifestações responderam ao chamado unitário das centrais sindicais. Segundo a avaliação da CUT, o movimento foi vitorioso e envolveu cerca de 40 milhões de trabalhadores de todos os setores econômicos. Assim, o resultado dessa luta recente foi um só: o Brasil ficou parado de Norte a Sul.

A avaliação sobre a Greve Geral do dia 28/4 é de que, apesar da violenta repressão, a classe trabalhadora deu seu recado ao governo e sua base de apoio ao Congresso: não aceita a retirada de direitos prevista na reforma trabalhista, na reforma da Previdência e muito menos a precarização do trabalho causada pelo projeto de terceirização irrestrita.

Com essa Greve Geral, segundo a CUT, o grito de guerra da classe trabalhadora ecoou por todo o país, nos grandes centros urbanos, assim como em inúmeras cidades do interior: nenhum direito a menos!

“O sucesso da Greve Geral de 28 de abril foi o resultado de um longo processo de construção, de planejamento, de articulação com os movimentos sociais, de agitação e propaganda visando obter o apoio da sociedade. Foi um dos ricos processos de aprendizagem política feita pela classe trabalhadora nos últimos tempos”, admite a CUT. Para a entidade, as lições foram dadas e aprendidas no fazer da própria luta: para defender interesses e direitos dos trabalhadores, só há o caminho da mobilização. Para impedir que patrões suguem o sangue de seus funcionários no local de trabalho, a alternativa é cruzar os braços.

De acordo com a CUT, as lições da Greve Geral devem servir para planejar a continuidade da luta. Diante disso, o que fazer? A orientação é para que todas as entidades afiliadas permaneçam em estado de vigilância e de mobilização, aprofundando a reflexão com as trabalhadoras e os trabalhadores sobre o significado político da Greve Geral do dia 28 de abril passado e preparando os próximos passos da luta dos trabalhadores.

Fonte: Fenae.

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