O Comando Nacional dos Bancários se reuniu neste sábado (22) com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para mais uma rodada de negociação da campanha salarial 2020. A mesa, que começou pela manhã e só terminou no final da tarde, ainda não chegou a uma proposta que interessa para a categoria.
O debate foi focado principalmente em quatro pontos: gratificação de função; participação nos lucros e resultados (PLR); 13.ª cesta e teletrabalho. Em alguns pontos, como na gratificação e no PLR, os bancos seguem com a proposta absurda de reduzir os ganhos das bancárias e dos bancários. Eles apresentaram redução de 55% para 50% na gratificação e também na PLR, contudo, neste eles mudam o percentual do salário de 72% para 81% do salário na distribuição da regra básica, sem apresentar detalhes de como fazer isso.
No caso da 13.ª cesta e no teletrabalho, a categoria obteve uma vitória. Os bancos retiraram a proposta de corte para a 13.ª cesta e concordaram em estabelecer uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o modelo de trabalho a distância. Entretanto, ainda há muito a trabalhar, uma vez que diversas pautas dos trabalhadores foram rejeitadas pelos patrões.
Aumento zero
Para o reajuste salarial, os bancos seguem brincando com a categoria. Mais uma vez, alegam a pandemia de covid-19 para “oferecer” aumento zero para os trabalhadores. O presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) e membro do Comando Nacional dos Bancários, Deonísio Schmidt, ressalta a importância de a categoria se unir neste momento da campanha. “Quebramos o rito das pautas negativas trazidas pelos patrões, mas precisamos intensificar as mobilizações, as denúncias do desrespeito dos banqueiros com os bancários e com o conjunto da sociedade”, diz.
Texto: Flávio Augusto Laginski
Fonte: Fetec-CUT-PR