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Por 16:29 Sem categoria

Banqueiros insistem no reajuste zero

Foto: Flávio Augusto Laginski

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) realizou na noite de ontem (26) uma plenária virtual para  informar a categoria como estão as negociações com os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Mesmo com o lucro diante da pandemia, os banqueiros insistem em dar reajuste zero.

O presidente da Fetec-CUT-PT, Deonísio Schmidt, explicou aos participantes da plenária de que a campanha deste ano está difícil por conta de algumas intransigências dos banqueiros. “Continuamos tendo problemas, com ataques diretos contra as conquistas obtidas ao longo dos anos. Vamos precisar de muita luta ou teremos perda. Não queremos isso. Os banqueiros estão nos obrigando a tomar uma decisão dura, que não iremos titubear em tomar”, salienta.

Ainda que os patrões tenham recuados em alguns pontos, Deonísio alerta que a categoria não pode baixar a guarda neste momento. “Os banqueiros foram os principais financiadores dos desastres que foram as reformas trabalhista e da previdência. Eles não amargaram prejuízos nesta pandemia, pelo contrário, tiveram lucro e um aporte de mais de R$ 1 trilhão por parte deste governo que está aí. É preciso que nenhum direito nosso seja subtraído, sob o risco de não recupera-lo mais”, alerta.

Convidados

A plenária virtual, comandada pela jornalista Patricia Stedile, contou com a presença de alguns convidados. O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) Marcio Kieller, falou da luta da CUT contra a flexibilização da quarentena do covid-19 e também de como está batalhando para que o governo do Estado não corte a luz e a água dos paranaenses enquanto durar a pandemia.

O assessor jurídico da Fetec, Nasser Allan, trouxe aos presentes questões ligadas ao home office e dos desafios que isso traz. “Os bancos já sinalizam com a prorrogação do home office e isso pode trazer um risco de exploração do trabalhador ainda maior, pois não haverá jornada mínima e jornada máxima, com o sério risco de isso trazer confusão da vida social e profissional. É necessário reconstruir as formas de atuação, inclusive jurídicas, diante desta nova realidade. Estamos aprendendo a lidar com isso, compreender o contexto, aprendendo com os erros e seguindo em frente”, disse.

Os representantes do Paraná nas negociações específicas de bancos públicos Ana Smolka (Banco do Brasil) e Zelário Bremm (Caixa). informaram que a situação dos trabalhadores destes bancos também não está fácil, seja por conta das constantes ameaças de privatização de ambos, até as dificuldades impostas pelas direções em negociar com os trabalhadores.

Shows

Durante a plenária, os participantes puderam acompanhar as apresentações dos músicos Wes Ventura e Chico César. Ambos deram um show e simpatia  e de músicas boas.

Veja como foi a plenária

Texto: Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec-CUT-PR

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