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Por 09:24 Sem categoria

Governo Bolsonaro comprou máscaras impróprias por preço acima do mercado, diz CPI

Foto: Ricardo Wolffenbutte/Governo de SC

Documentos enviados à CPI da Covid revelam que o Ministério da Saúde comprou máscaras impróprias para os profissionais da saúde e com preço acima do mercado.

No total, a Saúde adquiriu 40 milhões de máscaras chinesas KN95, cujo uso por profissionais foi desaconselhado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Ao todo, o ministério gastou R$ 350 milhões com a aquisição de 40 milhões de máscaras. As máscaras de uso não-médico foram compradas durante a gestão do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Para justifica a compra das máscaras, a coordenação do Ministério da Saúde evocou o trecho da medida provisória (MP) vigente que permitia contratações por valores superiores “decorrentes de oscilações ocasionadas pela variação de preços, hipótese em que deverá haver justificativa nos autos”.

A empresa escolhida, a Colmer, não possui expertise para análise sanitária dos produtos, revela o parecer de 2 de abril de 2020. O contrato foi assinado no dia 8 do mesmo mês. Assim que chegaram, as máscaras foram estocadas.

As máscaras foram vendidas por uma empresa de Hong Kong, a Global Base Development HK Limited, que no Brasil é representada pela 356 Distribuidora, Importadora e Exportadora, cujo dono, Fredy Rabbat, atua no mercado de relógios de luxo suíços, é ele quem assina o contrato com o governo federal.

Hoje, essa compra é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), pela CPI da Covid e pelo Tribunal de Contas da União. Desde setembro do ano passado que a Controladoria-Geral da União analisa o contrato, mas até agora, não concluiu tal estudo.

Fonte: Revista Fórum

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