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Por 10:09 Notícias

Promessa de corrigir tabela do IR fica só no discurso

A correção da tabela do IR (Imposto de Renda), uma das promessas de campanha do então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PL), ficou só no discurso. A proposta que está tramitando no Senado foi arquivada no último dia 15 de dezembro, conforme noticiou o jornal Folha de S.Paulo, após o relator da matéria, senador Angelo Coronel (PSD-BA) ter apresentado um projeto avulso, que propõe a elevação da faixa de isenção, atualmente em R$ 1.903,98, para R$ 3.000,00.

De acordo com o senador, essa mudança levaria mais de 19 milhões de contribuintes pessoas físicas a ficarem isentos do IR. Atualmente, segundo informou a receita federal, a isenção abrange 10,7 milhões de contribuintes. Pela proposta do governo Bolsonaro, essa faixa ficaria em R$ 2.500,00, beneficiando 16,3 milhões de contribuintes.

A tabela do IR, ainda segundo a Folha, tem uma defasagem de 130%, acumulados desde 1996, o que levou os contribuintes a recolherem aos cofres da Receita cerca de R$ 149 bilhões a mais do que deviam.

Pela proposta do senador Coronel, a alíquota máxima do IR passaria dos atuais R$ 4.664,68 para R$ 5.300,00, o que significaria um reajuste de 13,6%. O projeto também prevê um gatilho para reajustar as alíquotas da tabela sempre que a inflação acumulada desde a última correção atingir 10%.

Para a Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) este novo projeto é bom, mas a correção nas faixas superiores da tabela ainda é tímida e está longe de possibilitar que o presidente Bolsonaro cumpra sua proposta de campanha de isentar do IR contribuintes que ganham até R$ 5.000,00 mensais.

Fonte: Folha de S. Paulo

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