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Por 12:01 Banco do Brasil, Recentes

Plenária estadual do BB debateu a questão da Covid-19

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) promoveu na última terça-feira (25) a Plenária Estadual BB – Protocolo Covid. O evento, que contou com a presença de representantes dos trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil, foi realizado de forma totalmente online e teve como objetivo debater e esclarecer aos funcionários e funcionárias do BB sobre as medidas judiciais em vigor e o andamento das negociações em relação ao retorno ao trabalho, que o banco insiste em promover.

Ao longo das duas horas de debate, houve o consenso de que é preciso arregaçar as mangas e lutar para evitar que a diretoria do BB do atual governo federal brinque com a saúde dos funcionários e funcionárias do banco.

A representante do Paraná nas negociações com o Banco do Brasil, Ana Smolka, ressaltou a importância de participar da mobilização de hoje (27). “Estamos tendo dificuldades com a direção do banco. Somos contra esse retorno do trabalho presencial dos colegas do grupo de risco, uma vez que essa variante ômicron está muito forte. Por isso, é importante que os nossos colegas se mobilizem e digam ‘não’ aos desmandos desta atual gestão”, opina.

Negacionismo

O dirigente do Sindicato dos Bancários de Londrina, Laurito Lira Filho, alerta que essa questão de fazer com que os trabalhadores e trabalhadoras retornem ao trabalho presencial está sendo patrocinado pelo governo Bolsonaro. “Esse regime do atual governo está colocando a vida de todos em risco. Não podemos aceitar que o BB faça isso. Temos também, desde já, a se mobilizar contra esse governo negacionista”, diz.

A luta será constante

O presidente da Fetec, Deonisio Schmidt, lembra que a própria direção do BB é a culpada pela situação do banco atualmente. “O BB passou por uma ‘reestruturação’ que resultou na demissão de sete mil trabalhadores. Não é certo chamar os funcionários com comorbidades para voltar ao trabalho. A atual gestão vem dificultando o trabalho dos sindicatos, agindo de forma autoritária. É preciso entender que a pandemia ainda não acabou e não podemos brincar com a nossa saúde. Vamos seguir lutando contra estes desmandos”, salienta.

O coordenador da Comissão de Empresa do BB (CEBB) João Fukunaga acredita que não há outra saída a não ser se mobilizar e lutar pelos direitos dos bancários e bancárias do BB. “Há um desrespeito muito grande com os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil por conta desta diretoria bolsonarista. Então só nos resta se organizar e partir para a luta para que assim sejamos ouvidos. Esse pessoal quer desrespeitar os protocolos. Temos pessoas adoecendo. Teremos um ano complicado, pois, além desta questão da Covid-19, teremos também campanha salarial. Isso sem falar em outras irregularidades que esta gestão está promovendo. Não podemos baixar a guarda. Precisamos nos impor”, revela.

Governo federal despreza a saúde

“O BB já teve um dos melhores protocolos de saúde contra a Covid. Hoje já não dão tanta atenção assim”. A fala é do secretário da saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.

O secretário mostra-se preocupado com o desprezo com que o governo federal trata o assunto. “Estamos com vários estados perto de colapsar o sistema de saúde e a diretoria do BB acha de bom tom convocar os trabalhadores para o trabalho presencial. Se não tratarem essa pandemia com seriedade, continuaremos a ter esse abre e fecha. Além disso, é preciso conscientizar para que as pessoas se vacinem,, pois ainda há gente teimando em não se vacinar”.

Briga jurídica

O assessor jurídico da Fetec Nasser Allan encerrou a plenária falando sobre os duelos jurídicos entre sindicatos e federações contra o BB. “O banco sempre quis impor suas vontades nas mesas de negociação. Eles foram extremamente intransigentes em diversos pontos. Tivemos que manter nosso posicionamento e brigamos para que os bancários e bancárias do BB não fossem prejudicados”, encerra.

Após a fala dos convidados, foi aberto o espaço para tirar dúvidas dos participantes da plenária.

Texto: Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec

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