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PF pede que Guedes seja incluído como investigado em inquérito que mira Renan

Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão do ministro da Economia, Paulo Guedes, como investigado em processo que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por suposto envolvimento em esquema de corrupção no fundo de pensão Postalis, dos funcionários dos Correios.

A apuração mira supostas fraudes no fundo de pensão dos Correios, o Postalis, entre 2010 e 2016. Em 12 de maio, Guedes pediu ao Supremo a dispensa de depor. A investigação foi aberta em 2017 e é relatada pelo ministro Luís Roberto Barroso.

A Polícia também pediu autorização para solicitação de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs), no período de janeiro de 2010 a 2016, das pessoas jurídicas ligadas a Paulo Guedes.

Segundo a PF, Guedes foi citado na oitiva de Márcio André Mendes Costa, ex-sócio do grupo Galileo Educacional. A PF narra que Costa teria dito que a “BR Educacional recebeu um vultoso aporte de recurso do fundo de pensão dos funcionários dos Correios e, por isso, procurou Paulo Guedes tendo sido orientado a buscar recursos com a Postalis”.

“Assim como a Polícia Federal esclareceu ao causídico no dia 03/05/2022, digo a Vossa Excelência que, o Ministro Paulo Guedes foi implicado, por Márcio André Mendes Costa, em oitiva, cujo termo vai anexo, um dos nacionais aos quais a Subprocuradora da República requereu a intimação, como envolvido, e o senhor determinou que esta Polícia Federal procedesse à diligência como é sabido. Márcio, em apertada síntese, citou que a BR Educacional recebeu um vultoso aporte de recurso do fundo de pensão dos funcionários dos Correios e, por isso, procurou Paulo Guedes tendo sido orientado a buscar recursos com a Postalis”, afirma a PF no documento encaminhado ao STF.

A PF afirma ainda que o relato de Costa condiz com manchetes jornalísticas e levantam suspeitas a respeito de ganhos de um fundo criado por Guedes.

“A implicação de Márcio vai de encontro a manchetes jornalísticas daquela época e que levantam suspeitas sobre os excessivos ganhos do fundo criado por Paulo Guedes que extraordinariamente alavancou recursos milionários. Fatos que poderão ser esclarecidos com a oitiva, cruzamento de dados e os Relatórios de Inteligência Financeira das empresas de Paulo Guedes à época”, completou.

Em 31 de maio, o ministro Luís Roberto Barroso cancelou o depoimento do ministro da Economia. Segundo o ministro, em hipóteses como a do processo, devem ser ajustados de forma prévia o local, dia e hora para a inquirição. A defesa do ministro da Economia havia solicitado a dispensa sob o argumento de que ele não tem nenhuma relação com o objeto da investigação e que não foi mencionado nos autos ou indicado como testemunha pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O cancelamento se deu na mesma semana em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, expôs em um aplicativo de mensagens, sem querer, uma conversa sobre a dispensa do ministro da Economia no depoimento. As mensagens foram apagadas em seguida.

Foto: Adriano Machado/Reuters

Fonte: CNN Brasil

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