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Por 11:57 Bancos, Destaque

CVM revela que bancos pagaram cifras astronômicas para altos executivos

Em tempos em que a categoria bancária sabe que vai encontrar dificuldades para conseguir um reajuste salarial decente, nada mais revoltante descobrir que, das três empresas que pagaram as maiores remunerações a seus executivos em 2021, duas delas são bancos.

Santander (1.º da lista) e Itaú (3.º da lista) pagaram aos seus executivos R$ 59 milhões e R$ 52,9 milhões, respectivamente, segundo dados fornecido pelas empresas para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Bradesco também aparece nesta lista, na sétima colocação, com o pagamento de R$ 29,3 milhões. Somados, os três bancos pagaram a incrível quantia de R$ 141,2 milhões.

A exemplo do que vem ocorrendo na atual (indi)gestão Bolsonaro, pouquíssimos são privilegiados nos bancos, enquanto a maioria esmagadora sofre com o descaso. Enquanto os bancários e bancárias lutam para cumprir metas abusivas, muitas vezes às custas da saúde mental, e receber um salário que muitas vezes termina antes de fechar o mês, os altos executivos, vestidos com seus armanis e em suas confortáveis salas em arranhas céus, desfrutam de uma vida de pouco esforço e muito dinheiro.

Vendo estes números, não fica difícil também de perceber o porquê de os bancos não se esforçarem para criarem um ambiente de trabalho melhor. As cifras pagas a estes executivos é muito maior do que os valores a serem pagos em condenações na justiça.

Somente os trabalhadores e trabalhadoras podem mudar este panorama. Como? Unindo-se, mobilizando-se, tomando consciência que muitos são cobrados, mas poucos serão agraciados. Que o bancário é um trabalhador e não um banqueiro como incutem os velhos mantras cínicos do patronato. Não esqueçam que os maiores investidores da mídia são os banqueiros. Do contrário, como diria Quincas Borba, “aos vencedores, as batatas”.

Foto: Getty Images/boonchai wedmakawand

Texto: Flávio Augusto Laginski, com informações da Forbes

Fonte: Fetec

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