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Por 12:38 Destaque, Opinião de trabalhador

O primeiro round é nosso. Vamos lutar para conquistar o segundo

O resultado do primeiro turno das eleições (02) foi, em um primeiro momento, complicado. Tanto no Paraná quanto no Brasil, tivemos alguns representantes do mais puro e perverso reacionarismo se elegendo tanto no executivo quanto no legislativo. Mesmo a eleição principal, a de presidente, nos deixou perplexos, pois, havia na esquerda a esperança de que Lula vencesse o cidadão que ocupa a presidência da República logo no primeiro turno.

Então, diante disso, estamos vivendo um cenário de “terra arrasada”? Para a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) a resposta é taxativa: não. Olhando de forma mais fria, ainda temos o que comemorar. Pegamos a eleição de Lula. O ex-presidente obteve mais de 57 milhões de votos, terminando com mais de seis milhões de votos à frente do inominável. Isso fazendo uma campanha limpa, sem uso de máquina pública e sem desrespeitar a lei, como uns e outros fizeram.

O PT conseguiu aumentar a bancada federal, saltando de 54 para 80 parlamentares. O Paraná reelegeu os três candidatos que já tinham mandato (Gleisi Hoffmann, Zeca Dirceu e Ênio Verri) e colocou mais dois deputados (Carol Dartora e Tadeu Veneri). Para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep-PR), tivemos quatro deputados reeleitos (Professor Lemos, Requião Filho, Arilson Chiorato e Luciana Rafagnin) e três novos parlamentares (Renato Freitas, Ana Júlia e Dr. Antenor), fazendo do PT uma das maiores legendas da casa.

Nacionalmente, o PSOL elegeu a maior bancada de sua história, com 14 deputados federais. Entre eles, Guilherme Boulos, de São Paulo, com mais de um milhão de votos. Tivemos ainda a eleição de duas mulheres trans, que foram Erica Hilton e Duda Salabert, por São Paulo e Minas Gerais, respectivamente.

A direita não conseguiu eleger/reeleger nomes reacionários como Joice Hasselman, Janaína Pascoal, Fernando Holiday, Sérgio Camargo, Douglas Garcia, Nise Yamaguchi, Adriles, Eduardo Cunha, entre tantos outros.

Portanto, o jogo não acabou. Ainda temos mais algumas semanas para trabalhar e convencer nossos parentes, amigos, colegas que o futuro do Brasil está em jogo. Não será fácil. Mas, sejamos francos. Nunca foi. A própria história do Lula nos mostra isso. É trabalhar, trabalhar e trabalhar. Sem tempo para lamentações. Como diria Guilherme Arantes, “Amanhã será um lindo dia (…) Amanhã mesmo que uns não queiram, Será de outros que esperam, Ver o dia raiar, Amanhã ódios aplacados, Temores abrandados, Será pleno, Será pleno”

Ousar lutar, ousar vencer!

Foto: Ricardo Stuckert

Texto Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec

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