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Por 12:09 Notícias

Roberto Jefferson atirou com intenção de matar, diz delegado da PF ferido na ação

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que deu pelo menos 50 tiros de fuzil e jogou três granadas nos agentes da Polícia Federal (PF) que foram prendê-lo no domingo (23), agiu de “forma premeditada e com intenção de matar os policiais”, disse em depoimento à Polícia Federal o delegado Marcelo André Cortes Villela, que ficou ferido na ação.

A informação é da colunista Malu Gaspar do jornal O Globo, que teve acesso ao depoimento.

De acordo com o depoimento obtido pela equipe da coluna, Jefferson demorou a aparecer na sacada quando os agentes foram cumprir ordem de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Quando surgiu, disse que não iria se entregar de jeito nenhum.

E “de forma dissimulada, puxou uma granada e a lançou na parte traseira da viatura”. “Ele puxou um fuzil que estava escondido e começou a atirar”, disse o delegado à PF.

Roberto Jefferson, aliado de Jair Bolsonaro (PL), presidente que  editou mais de 40 decretos liberando armas no país, está com o registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) suspenso e não poderia ter armas, segundo o Exército, que já abriu um processo administrativo contra o ex-deputado, segundo a Folha e o G1.

Isso não impediu o ex-deputado de exibir e usar o armamento contra os policiais federais.

De acordo com o depoimento do delegado ferido, os agentes se abrigaram na parte traseira da viatura para se proteger, mas Roberto Jefferson “continuou atirando e jogando granada”. Em um momento, a agente Karina Lino Miranda, que também estava envolvida na apuração, “gritou, dizendo que havia sido alvejada”.

O delegado também sentiu o sangue descer de sua cabeça, atrapalhando a sua visão no olho direito, enquanto Karina, também atingida, começou a perder os sentidos.

Os dois acabaram enviados para um hospital no município de Três Rios (RJ). Lá, foi constatado que Karina tinha sido alvejada em cima do olho e na cintura, enquanto um raio-X constatou “dois fragmentos, possivelmente de estilhaços, no crânio” do delegado, diz a colunista.

Fonte: CUT

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