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Por 11:18 Cidadania, Destaque

Saudado por multidão, Lula toma posse pela terceira vez

Pode comemorar, população brasileira! O pesadelo no qual o Brasil mergulhou nos últimos seis anos finalmente acabou. Apesar do choro dos maus perdedores, Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse pela terceira vez como presidente da República e inaugura uma nova era para todo o país.

O clima na capital federal era de festa e esperança. Desde cedo, a Esplanada dos Ministérios foi tomada por uma multidão eufórica, que não parava de sorrir e cantar. Quem madrugou na fila teve a sorte de se dirigir até a Praça dos Três Poderes para poder ver Lula de perto. Por questões de segurança, apenas 40 mil pessoas puderam entrar neste local. Porém, quem não conseguiu ir até ali, teve a disposição diversos telões espalhados pela esplanada, além de shows no palco do Festival do Futuro.

Assim que o Rolls-Royce presidencial saiu, por volta das 14h, da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, Lula, acompanhando de sua esposa Janja, de seu vice Geraldo Alckmin e da vice primeira dama Lu Alckmin, Brasília veio abaixo para saudá-los. Após o desfile em carro aberto, Lula foi para o Congresso Nacional para a assinatura de posse e para um discurso.

Novamente do lado de fora do Congresso, Lula, Janja, Alckmin e Lu subiram a rampa e, em um dos momentos mais sublimes de todo o evento, Lula recebeu a faixa de representantes do povo brasileiro. Em seguida, o presidente fez um novo discurso e não segurou as lágrimas ao citar a desigualdade social e a fome.

Ao final do inesquecível dia, o povo brasileiro teve a certeza de que novamente temos um presidente. A vitória de Lula não nos joga no paraíso, mas fez com que saíssemos do inferno deixado pela extrema-direita brasileira. Agora é deixar Lula trabalhar e nos levar para o topo do mundo.

Do caos à redenção

Antes de chegar ao histórico 1.º de janeiro de 2023, devemos voltar um pouco no tempo e entender a queda ao poço sem fundo em que estivemos. Começou em 2016, quando o golpista Michel Temer deu um golpe e retirou a presidenta Dilma Rousseff, que havia chegado ao cargo de maneira limpa e democrática. Já em 2018, Lula, que era o candidato que liderava as pesquisas, foi sumariamente impedido de participar do pleito graças ao então juiz da “Farsa Jato” Sérgio Moro, que moveu mundos e fundos para prender Lula de forma arbitrária e injusta por longos 580 dias. Essa manobra fez com que Jair Bolsonaro, um reles deputado do baixo clero, surgisse e se tornasse o vitorioso naquela eleição. Como prêmio, Bolsonaro o presenteou com o cargo de ministro da justiça.

Ao longo deste período, o trabalhador viu seus direitos serem subtraídos, o salário achatado, a inflação disparar e, para fechar, uma pandemia que foi tratada com todo o desdém do mundo pelo presidente adepto da necropolítica, resultando na morte de milhares de pessoas.

Após ser solto, Lula entendeu que era necessário retornar para colocar as coisas novamente nos trilhos. Foi candidato, chamou Geraldo Alckmin, um ex-adversário político para ser seu vice, por entender que era necessário todos se unirem para tirar o genocida do poder. Mesmo enfrentando todo tipo de artimanha e da máquina pública, Lula conquistou a vitória no segundo turno com mais de 60 milhões de votos. Seu opositor, o homem minúsculo, nunca admitiu a derrota e tinha uma vã esperança de se manter no poder de forma antidemocrática, o que não aconteceu. Lula assumiu e agora conseguimos ver a esperança no horizonte.

Por essas e outras, fica difícil não se emocionar em ver a trajetória de um homem que sempre enfrentou os desafios de cabeça erguida, sofreu uma campanha de difamação escancarada e deu a volta por cima.

Ao Lula, o nosso respeito.

Foto: Ricardo Stuckert

Texto: Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec

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