A partir do mês de abril o HU (Hospital Universitário) estará realizando exames de tomografia com o equipamento adquirido com recursos provenientes de uma ação trabalhista ganha pelo Sindicato de Londrina contra o Santander.
Na sexta-feira (10/02), o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato de Londrina, Leonardo Rentz, acompanhado da assessora jurídica Roberta Baracat De Grande e da vereadora Lenir de Assis (PT), esteve no HU para verificar as obras de instalação do tomógrafo.
Segundo Leonardo, em agosto de 2008, em um trabalho conjunto entre a Secretaria de Assuntos Jurídicos e a de Saúde da entidade o Santander foi denunciado junto ao Ministério Público do Trabalho por desrespeitar direitos dos bancários relacionados às condições de trabalho e às garantias de proteção à saúde previstas na legislação. “O Ministério Público acatou a denúncia e ingressou com uma Ação Civil Pública, que resultou na condenação ao banco e a determinação de pagar multa de R$ 2 milhões a serem revertidos a uma entidade assistencial”, explica Leonardo, informando que a indicação do HU surgiu de uma demanda aprovada nas Pré-conferências de Saúde de Londrina.
O equipamento foi comprado em 2022 e desde então foi iniciado um processo para adequar o espaço para sua instalação no hospital. “Solicitamos a reunião com a direção do HU para sabermos como está o cronograma para sua instalação, uma vez que este é um equipamento importante na identificação de doenças graves”, explica a vereadora Lenir de Assis.
A ação
Entre os argumentos apresentados pelo Sindicato de Londrina na denúncia feita ao MPT estava a falta de adequação ergonômica nos equipamentos e a redução drástica no número de empregados nos últimos anos, o que provocou enorme sobrecarga de trabalho aos funcionários, além de cobranças exageradas para o cumprimento de metas, elevando os casos de adoecimento.
As irregularidades foram apontadas por funcionários atendidos na época pela então secretária de Saúde do Sindicato de Londrina, Dulce Silveira.
Em 2009, a Justiça do Trabalho reconheceu a ocorrência de violação dos direitos básicos dos funcionários, mas, mesmo assim, o banco recorreu do julgamento sem sucesso e em 2021 a ação transitou em julgado e acabou tendo que pagar a multa de R$ 2 milhões.
Foto: Ana Luisa Camilo Sversutti/Assessoria de Comunicação do HU
Texto: Armando Duarte Jr.
Fonte: Vida Bancária