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Anderson Torres recebeu boletim para orquestrar ações da PRF onde Lula teve mais votos

Quase três meses após a invasão golpista de Brasília em 8 de janeiro, o então Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, fica ainda mais encrencado.

As apurações sobre os responsáveis daquele dia fatídico revelam que após o primeiro turno, o ex-ministro teria recebido “boletim” da então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, delegada Marília Alencar, para saber quais cidades Lula fez mais votos e esquematizar operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação no segundo turno.

Esse “boletim de inteligência” é uma das mais recentes descobertas da Polícia Federal (PF). A então diretora Marília Alencar, posteriormente, foi trabalhar com Torres na Secretaria de Segurança do DF.

A investigação em torno do assunto ganhou impulso quando se percebeu que a delegada tentou apagar o “boletim de inteligência” do seu celular, mas a PF recuperou parte do material.

Minuta do Golpe

Em relação ao documento, encontrado em sua casa pela Polícia Federal, que dava aval jurídico para que o ex-presidente Jair Bolsonaro contestasse a eleição – texto que ficou conhecido como “minuta do golpe” –, Torres disse à PF que quem havia lhe dado o papel foi sua secretária.

Entretanto, segundo a coluna de Lauro Jardim em O Globo, em seu depoimento à PF a secretaria foi taxativa: “Nunca entreguei nada”.

Ao mesmo tempo, outro foco de complicações para o ex-ministro é o seu envolvimento mais direto com o processo eleitoral do que se imaginava.

Há também uma viagem fora de agenda de Torres à Bahia, em um avião da FAB, dias antes do segundo turno. Acompanhado do então diretor da PF Marcio Nunes, o ex-secretário foi pressionar o então superintendente regional, Leandro Almada, a atuar na operação no dia da eleição, dando apoio à PRF, diz a mídia.

Anderson Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando voltou dos Estados Unidos para o Brasil sob pedido da Justiça após as invasões em Brasília no dia 8 de janeiro. Segundo o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, Torres foi “no mínimo omisso” diante dos atos, visto que entrou de férias um dia antes de tudo acontecer.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Fonte: RBA

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