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Por 11:37 Agenda Sindical, Recentes

Nobre defende na Câmara Federal reforma tributária solidária que taxe mais os ricos

A CUT, representada pelo seu presidente Sérgio Nobre, defendeu em audiência na Câmara Federal, nesta quarta-feira (19), uma reforma tributária mais justa, que taxe os mais ricos, os lucros e dividendos de pessoas jurídicas e que os trabalhadores e trabalhadoras com renda mais baixas tenham maior isenção nas alíquotas do imposto de renda, entre outras medidas.

Sérgio Nobre reforçou que quanto mais o sistema tributário de um país tem a carga tributária focada no consumo e na produção, mais injusto é o sistema.

“Um trabalhador que ganha um salário mínimo quando compra um quilo de café, de arroz, ele paga ali um imposto indireto embutido, que é o mesmo imposto de quem ganha R$ 1 milhão por mês. Quando o sistema tributário de um país tem a carga tributária focada no consumo e na produção, mais injusto é o sistema, e quanto mais focado na renda e no patrimônio, mais justo é o sistema tributário”, pontuou.

De acordo com Sérgio Nobre, ” esse debate é muito importante de ser feito. Focar na renda e no patrimônio é necessário”, declarou o presidente da CUT

Taxação dos super ricos

Reprodução

Nobre lembrou que o  Brasil é o sétimo país no mundo com maior número de bilionários. São 42 com fortunas superiores a 1 bilhão de dólares, que durante a pandemia da covid-19, aumentaram ainda mais suas riquezas, em mais de R$ 170 bilhões, valor maior do que todo o orçamento da saúde pública previsto para 2020. Já o desemprego e a quebra dos pequenos negócios, só aumentaram.

” O movimento sindical tem uma campanha de taxação dos super ricos, não queremos que a classe média seja taxada, mas sim, gente rica além da conta, enquanto que quase 70% da classe trabalhadora ganha um salário mínimo”, declarou.

Para a Central, a realização de uma reforma tributária progressiva, que contribua de fato para redistribuir rendas e para conduzir os investimentos para o setor produtivo é prioridade absoluta.

“Essa concentração de riqueza vem da não taxação dos lucros e dividendos.  E é importante que seja feita. Falamos para o Haddad [ministro da Fazenda] que o trabalhador, quando é feita a negociação de PLR [Participação de Lucros e Resultados], paga imposto de renda e o acionista não paga”, ressaltou.

Confira no vídeo a íntegra do que disse Sérgio Nobre

Foto: Roberto Parizotti 

Fonte: CUT

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