Desde que transformou a maioria de suas agências bancárias em Unidades de Negócios (UN), o Bradesco retirou as portas giratórias de segurança e também dispensou a presença de vigilantes em inúmeros locais de trabalho. O banco alega que não há movimentação de numerário nessas unidades.
“Porém, quando visitamos essas agências, podemos ver clientes sacando dinheiro do caixa eletrônico. Além disso, periodicamente, o carro-forte entrega os malotes para repor o dinheiro. Com essas movimentações, os bancários que trabalham nesses locais se sentem extremamente inseguros e vulneráveis sem a presença de um vigilante e sem a porta giratória”, relata o dirigente sindical Ademir Vidolin.
Diante desta situação e amparado na Lei Estadual 20.636/21, o Sindicato dos Bancários e Financiários e Curitiba e região enviou uma notificação extrajudicial para que o Bradesco cumpra a legislação vigente e regularize a instalação das portas giratória, bem como a recolocação dos vigilantes, nas unidades em que há movimentação de numerário nos caixas eletrônicos. “No nosso entendimento, há movimentação de dinheiro nesses locais. Mas, caberá a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná fazer valer a lei e exigir seu cumprimento”, acrescenta Ademir.
A preocupação do Sindicato é com as condições de trabalho, a segurança e a vida dos trabalhadores e também dos clientes e usuários das agências do Bradesco. “Se, por acaso, acontecer um furto, assalto ou roubo, qual é o executivo do banco que vai estar lá para ‘convencer’ que a chave do cofre não está no local? Quanto vale a vida de um bancário que venha ser retirada em virtude de um roubo malsucedido?”, questiona o dirigente.
Fonte: Seeb Curitiba
