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Por 11:59 Notícias

Com sucesso de Lula na COP28, Bolsonaro humilhado no G20 é resgatado por internautas

O presidente Lula está nos Emirados Árabes para participar da COP 28, a Conferência Climática das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas. Nesta sexta-feira (1), o presidente brasileiro discursou e pediu aos países mais ricos que gastem menos dinheiro com armas e guerras, e invistam mais na transição energética, combate à fome e moradia.

Com uma agenda intensa no entorno da COP28, o presidente Lula é, dessa maneira, uma das principais atrações do evento que reúne líderes do mundo inteiro. Isso é fruto do esforço do mandatário brasileiro, que utilizou o primeiro ano de seu mandato para recolocar o país no cenário internacional. Isso é particularmente significativo, considerando que, durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-22), a nação ficou isolada.

Ainda traumatizados com o governo do ex-presidente Bolsonaro, que transformou o Brasil em um pária internacional, internautas resgataram a humilhante participação de Jair no encontro do G20, ocorrido em outubro de 2021.

No vídeo, além de um Bolsonaro cambaleante e ignorado pelos líderes internacionais, podemos ver como Lula – durante seus dois mandatos anteriores e no atual – é tratado por primeiros-ministros e presidentes de outras nações. Confira no vídeo abaixo:

 

Lula na COP28: “Conta das mudanças climáticas chegou primeiro para os mais pobres”
 

Em forte discurso no evento de boas vindas às delegações que participam da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes, na manhã desta sexta-feira (1º), o presidente Lula voltou a criticar o gastos das potências mundiais com a guerra e disse que a conta das mudanças climáticas chegou primeiro para os mais pobres.

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“O planeta já não espera para cobrar a próxima geração. O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, de auxílio financeiro aos países pobres que não chega, de discursos eloquentes e vazios. Precisamos de atitudes e práticas concretas. Quantos líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta? Somente no ano passado, o mundo gastou mais de US$ 2 trilhões em armas. Quantia que poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática. Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças famintas?”, disse Lula, em frente a lideranças mundiais.

“A conta das mudanças climáticas não é a mesma para todos. E chegou primeiro para a população mais pobre. O 1% da população mais rica do planeta emite o mesmo volume de carbono que 66% da população mundial. Trabalhadores do campo tem suas lavouras de subsistência devastadas pela seca e não podem mais alimentar suas famílias. Moradores das periferias das grandes cidades perdem o pouco que têm quando a enchente arrasta tudo, casas, móveis, animais de estimação e seus próprios filhos. A justiça que penaliza as gerações mais jovens é apenas uma das faces da desigualdade que nos aflige”, emendou o brasileiro.

Lula ainda lembrou de quando participou, em 2009, da COP15, e classificou como “lamentável” o não cumprimento de acordos climáticos, em especial pelos países ricos.

“Em 2009, quando participei da COP15, em Copenhague, as negociações fracassaram e foi preciso um grande esforço para recuperar a confiança e chegar ao Acordo de Paris, em 2015. O não cumprimento dos compromissos assumidos corroeu a credibilidade do regime. É preciso resgatar a crença no multilateralismo. É lamentável que acordos como o Protocolo de Kyoto, em 199, ou os Acordos de Paris, 2015, não sejam implementados. Os governantes não podem se eximir de suas responsabilidades”.

O presidente ainda listou as ações feitas pelo Brasil que, segundo ele, “está disposto a liderar pelo exemplo”, em uma mostra do que o país fará na presidência do G20 a partir desta sexta-feira (1º).

“O Brasil está disposto a liderar pelo exemplo. Ajustamos nossas metas climáticas, que são hoje mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos. Reduzimos drasticamente o desmatamento na Amazônia e vamos zerá-lo até 2030. Formulamos um plano de transformação ecológica, para promover a industrialização verde, a agricultura de baixo carbono e a bioeconomia. Forjamos uma visão comum com os países amazônicos e criamos pontes com outros países detentores de florestas tropicais. O mundo já está convencido do potencial das energias renováveis. É hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis. Temos de fazê-lo de forma urgente e justa”, disse Lula, que colocará a questão ambiental no centro das discussões do grupo que reúne as maiores economias do mundo, juntamente com o combate à fome e a reforma da governança global.

Em seu discurso, Lula ainda citou o Papa Francisco. “Como nos ensina o Papa Francisco na encíclica Todos Irmãos: precisamos conviver na fraternidade”, disse ao concluir o discurso.

Agenda cheia

Após discursar no evento de boas vindas das delegações à COP28, Lula partirá para uma agenda cheia no primeiro dia da conferência climática.

Em seguida, terá um encontro reservados com o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, na Expo City Dubai.

Em seguida, ele participa da Sessão de Abertura da Presidência da 28ª COP e, depois, deverá discursar na Primeira Sessão do Segmento de Alto Nível para Chefes de Estado e de Governo.

A agenda de Lula em seu primeiro dia na COP 28 dia ainda prevê encontros bilaterais com presidente de Israel, Isaac Herzog; com o secretário-geral da ONU, António Guterres; com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; com o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez; e com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali. 

Lula tem uma visita ao Pavilhão do Brasil na COP 28 prevista para o fim do tarde, antes de comparecer a um jantar especial batizado de A Amazônia: uma experiência imersiva, ao lado do xeique Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos.

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