As constantes denúncias contra o gestor da principal agência do Banco do Brasil (BB) de Toledo, oeste do Paraná, levaram a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR) e o Sindicato dos Bancários, Financiários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Toledo e Região (Sintrafi) a fechar o local nesta quinta-feira (7). O espaço permanecerá fechado durante todo o dia.
Segundo as reclamações feitas por funcionários deste espaço, o gestor tem o péssimo hábito de assediar moralmente os bancários e bancárias, humilhar trabalhadores, cobrar metas abusivas, entre outras medidas.
O presidente da Fetec, Deonísio Schmidt, revela que o gestor possui um histórico ruim. “Pelo o que levantamos, ele já praticou assédio moral em outros lugares em que trabalhou. Os bancários e bancárias desta agência estão ficando doentes e não podemos aceitar isso”, diz.
Deonísio conta que a Fetec quer uma resposta rápida do Banco do Brasil, pois, do contrário, novas manifestações serão realizadas. “A paralisação é justamente para pressionar o banco para que resolva o quanto antes esta questão a fim de evitar que algo mais grave possa vir a acontecer. Caso não haja rapidez, novas manifestações serão realizadas. Estamos prontos para a luta”, garante.
Por fim, o presidente da Fetec faz um apelo. “Se o seu gestor comete assédio moral de forma frequente, não se cale. Denuncie ao seu sindicato, que irá agir para evitar isso. Sua saúde, seu bem-estar não valem aguentar esse sofrimento calado”, salienta.
Desdém contra o sindicato
O presidente do Sintrafi, Fernando Comasseto, afirma que o sindicato tentou conversar com o gestor, porém foram recebidos com certo desdém. “Esta agência passa por uma situação grave e não podemos ficar de braços cruzados. Tentamos conversar com esta pessoa, mas ela disse que não conversaria com o movimento sindical. Por isso nos mobilizamos e estamos fazendo este ato. Não iremos sossegar enquanto esta pessoa estiver aqui”, garante.
Assédio moral
A secretária de saúde e condição de trabalho da Fetec, Vanderleia de Paula, explicou aos presentes o que é assédio moral. “Assédio moral é a exposição de pessoas a situações humilhantes e constrangedoras contra alguém de forma constante. Pelo o que vejo aqui, todos se identificaram com esta explicação. Por isso estamos aqui. Não permitiremos que um assediador siga prejudicando os trabalhadores desta agência”, opina.
Texto: Flávio Augusto Laginski
Fonte: Fetec
