A notícia de que o conselho da Caixa Econômica Federal pode transformar as Loterias da Caixa em subsidiária, ligou o sinal amarelo no meio sindical e representantes da população. A medida permite, que este serviço seja privatizado sem qualquer debate externo a Caixa.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) já enviou um ofício para o ministro da fazenda, Fernando Haddad, manifestando preocupação com o assunto e pedindo para que suspenda esta pauta e converse com o meio sindical. O deputado federal paranaense Tadeu Veneri (PT), e a deputada federal por Brasília Érica Kokay (PT), também enviaram requerimento ao ministério da fazenda pedindo explicações.
Qual o motivo de transferir as loterias da Caixa à uma subsidiária?
A Contraf-CUT e a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR), entendem que a Loteria Caixa exerce um papel social importante, pois cerca de 40% do lucro da Caixa Loterias é para investimentos em saúde, educação e projeto sociais. Transferi-lo para a iniciativa privada ajudaria apenas a enfraquecer o banco e, portanto, será um desastre.
Sabemos que a empresa é presidida por indicado de Lira, que capitaneia o centrão, e só por isso, os serviços e empresas públicas correm risco. As privatizações no Brasil são claro uso do poder para tirar do estado, produtos e serviços, que tem por função atender a população de forma direta ou através dos investimentos de seus resultados, e transferi-los para grupos econômicos se beneficiarem de seus lucros.
Grupos econômicos poderosos que financiam campanhas eleitorais de seus representantes com o compromisso de devolução em forma de projetos que atendem a elite, o grande capital. Assim foi mais recentemente, a reforma da previdência, trabalhista, leis das terceirizações, privatização da Eletrobrás, BR. Para o povo eles usam o falso argumento que as privatizações tornam o estado mais ágil, moderno, leve e o serviço de melhor qualidade. Eles mentem de forma deslavada.
São conhecidas no congresso as bancadas da bala, do boi e da bíblia. Durante os anos noventa, o Brasil passou por uma onda de privatizações com o discurso de reduzir a dívida pública. Contudo, o resultado foi o inverso. No final do então governo, venderam grandes companhias superavitárias a preço de banana, e a dívida se multiplicou por dez. A proposta de privatização sempre vem casada de uma grande mentira.
Fonte: Fetec
