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Mercado de trabalho e rendimento no Brasil em 2006

O DIEESE realizou análise dos dados divulgados no último dia 14 de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada em 2006. Os principais destaques do levantamento são:

• O crescimento da população de 10 anos e mais (população em idade ativa – PIA) superou o aumento da População economicamente ativa – PEA (desempregados e ocupados).

• Como o crescimento da ocupação – 2,4% – superou a entrada de pessoas na força de trabalho (PEA) – 1,4% – houve redução do total de desocupados no Brasil (8,3%), o que representou 743 mil pessoas sem ocupação a menos.

• A taxa de desocupação é maior para aqueles que têm mais anos de estudo: 4,1% (sem instrução ou menos de 1 ano de estudo), 5,3% (de 1 a 3 anos), 8,0% (de 4 e 7 anos), 13,1% (de 8 a 10 anos) e 8,3% (mais de 11 anos de estudo).

• A proporção de ocupados por grupamento de atividades mostra diminuição de 5,9% no peso do setor agrícola e de 1,1%, no Comércio e reparação, entre 2005 e 2006, e relativa estabilidade da Indústria (-0,7%) e da Construção Civil (0%).

• O setor de Serviços, responsável, em 2006, por empregar 41,5% da população, apresentou elevação para os segmentos de Serviços de alojamento e alimentação (2,7%), educação, saúde e serviços sociais (2,3%) e administração pública (2,0%)

• Por posição na ocupação, houve aumento do assalariamento no emprego (de 62,7% para 63,6%).

• A tendência de aumento da contratação com carteira de trabalho assinada apontada pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (DIEESE/Seade e convênios regionais) e no Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE) também foi verificada na Pnad. A taxa de formalização – total de empregados com carteira e de estatutários em relação ao total de empregados – cresceu de 62,7% para 63,5%. Essa mesma tendência também foi constatada no setor agrícola.

• Cerca de 34% dos ocupados trabalharam entre 40 e 44 horas e a proporção daqueles que trabalham mais de 44 horas foi de 36,4% em 2006.

• Em 2006, a parcela de ocupados que contribuiu para a Previdência Social foi de 48,8%, maior do que 47,4%, verificado em 2005.

• A taxa de sindicalização foi de 18,6% em 2006, registrando um aumento de 3,7% entre os trabalhadores sindicalizados em relação ao ano anterior.

• Em 2006, 5,1 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade estavam trabalhando no Brasil o que representa 5,7% da população ocupada com 5 anos ou mais de idade. Entre 2005 e 2006, o nível de ocupação das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade, diminuiu de 12,2%, em 2005, para 11,5%.

• Queda na desigualdade da renda do trabalho com conseqüente redução da desigualdade na renda domiciliar.

• Crescimento da renda média dos ocupados 7,2%.

• Crescimento da participação dos 50% mais pobres na renda do trabalho, passou de 16,3% para 16,6%.

• A política de salário mínimo contribuiu para o crescimento da renda média dos mais pobres, que foi de 8,1%.

• O rendimento médio da ocupação percebido pelas mulheres se aproximou do dos homens. Em 2005, o rendimento feminino equivalia a 64,5% do masculino e passou para 65,6%, em 2006.

Confira a análise na íntegra acessando a Nota Técnica 50. O endereço eletrônico é http://www.dieese.org.br/notatecnica/notatec50Pnad2007.pdf.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.dieese.org.br.

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