Janaina Vilella
Movimento é resultado da terceirização
O número de empresas formais no Brasil cresceu 11,4% em 2001, chegando a 4,7 milhões. Desse total, 97% eram de de pequeno porte, com até 19 funcionários. Os dados são do Cadastro Central de Empresas, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O estudo revela que, embora sejam maioria, as pequenas companhias empregavam apenas 20% do total de trabalhadores com carteira assinada do país e pagavam 11% dos salários e outras remunerações.
Um dos problemas apontados pela gerente do cadastro, Maria Luiza Zacharias, é que mais da metade das pessoas que trabalham nestas companhias é sócia ou dona, isto é, não ganha salários ou gratificações. O estudo mostra que as empresas de pequeno porte tinham 11,1 milhão de pessoas ocupadas em 2001. Dessas, 5,7 milhões eram proprietários e 5,4 milhões assalariados.
Para Maria Luiza, esta concentração é conseqüência das demissões que vêm ocorrendo nas grandes empresas.
– Por trás desse crescimento estão pessoas que foram demitidas das grandes companhias e resolveram abrir um negócio ou foram demitidas e continuaram prestando serviços para as mesmas empresas em que trabalhavam. É a terceirização do trabalho – afirma Maria Luiza.
O trabalho formal, com carteira assinada, continua sendo destaque entre as grandes empresas, com mais de 500 funcionários. Apesar de representarem apenas 0,1% das companhias do país, pagaram 60% do total de salários e empregaram 45% dos assalariados.
Segundo a gerente do estudo, o crescimento no número de empresas formais em 2001 é resultado do aumento na taxa de natalidade destas companhias, que passou de 18,7%, em 2000, para 21,8%, em 2001, e ao mesmo tempo pela queda na taxa de mortalidade de 12,4% para 9%, no mesmo período. Para cada 10 empresas criadas, outras 4,11 foram fechadas.
O comércio foi o principal setor gerador de postos de trabalho em 2001, empregando 7,4 milhões de pessoas. A administração pública vem em segundo lugar, com 6,2 milhões de pessoas empregadas nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e na administração indireta.
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Por Mhais• 23 de setembro de 2003• 12:37• Sem categoria
CRESCE O NÚMERO DE EMPRESAS
Janaina Vilella
Movimento é resultado da terceirização
O número de empresas formais no Brasil cresceu 11,4% em 2001, chegando a 4,7 milhões. Desse total, 97% eram de de pequeno porte, com até 19 funcionários. Os dados são do Cadastro Central de Empresas, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O estudo revela que, embora sejam maioria, as pequenas companhias empregavam apenas 20% do total de trabalhadores com carteira assinada do país e pagavam 11% dos salários e outras remunerações.
Um dos problemas apontados pela gerente do cadastro, Maria Luiza Zacharias, é que mais da metade das pessoas que trabalham nestas companhias é sócia ou dona, isto é, não ganha salários ou gratificações. O estudo mostra que as empresas de pequeno porte tinham 11,1 milhão de pessoas ocupadas em 2001. Dessas, 5,7 milhões eram proprietários e 5,4 milhões assalariados.
Para Maria Luiza, esta concentração é conseqüência das demissões que vêm ocorrendo nas grandes empresas.
– Por trás desse crescimento estão pessoas que foram demitidas das grandes companhias e resolveram abrir um negócio ou foram demitidas e continuaram prestando serviços para as mesmas empresas em que trabalhavam. É a terceirização do trabalho – afirma Maria Luiza.
O trabalho formal, com carteira assinada, continua sendo destaque entre as grandes empresas, com mais de 500 funcionários. Apesar de representarem apenas 0,1% das companhias do país, pagaram 60% do total de salários e empregaram 45% dos assalariados.
Segundo a gerente do estudo, o crescimento no número de empresas formais em 2001 é resultado do aumento na taxa de natalidade destas companhias, que passou de 18,7%, em 2000, para 21,8%, em 2001, e ao mesmo tempo pela queda na taxa de mortalidade de 12,4% para 9%, no mesmo período. Para cada 10 empresas criadas, outras 4,11 foram fechadas.
O comércio foi o principal setor gerador de postos de trabalho em 2001, empregando 7,4 milhões de pessoas. A administração pública vem em segundo lugar, com 6,2 milhões de pessoas empregadas nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e na administração indireta.
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