fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 00:29 Sem categoria

Presidente da PETROS reitera oportunidade para os fundos de pensão

Conforme entrevista concedida, há sete meses, ao canal de notícias do portal IG, a previsão do presidente da Petros, de que o momento seria favorável, se confirmou.

Wagner Pinheiro, em nova entrevista (22/05) ao mesmo portal, destaca a oportunidade de crescimento para os fundos de pensão. Pinheiro fala sobre a projeção da Fundação frente ao cenário de queda de juros e a criação da Brasil Foods (fusão Perdigão-Sadia). Wagner destaca ainda os investimentos no setor de infraestrutura.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.petros.com.br.

=======================================================

Fundo Petros quer remanejar investimentos para a “economia real”

O segundo maior fundo de pensão do País está mudando seu perfil. De acordo com Wagner Pinheiro de Oliveira, presidente da Petros – fundo com patrimônio superior a R$ 40 bilhões e que administra 35 planos diferentes – a combinação da tendência de queda na taxa de juros com crescimento da economia brasileira ao longo dos próximos anos vai fortalecer a migração da maior parte dos investimentos do fundo de títulos públicos fixos para a renda variável. Segundo ele, essa mudança fará com que ativos da chamada “economia real”, como ações de empresas, entrem cada vez mais na mira da Petros.

Para Petros, crise gera oportunidades para fundos de pensão

“A combinação de queda na (taxa de juros) Selic com crescimento continuado da economia brasileira ao longo dos próximos anos vai fazer com que os ativos reais das empresas tenham uma valorização real média superior à dos títulos fixos. Os ativos brasileiros vão aumentar no dia-a-dia e isso vai gerar oportunidades no mercado para investidores de longo prazo, como nós”, explica Oliveira, em entrevista exclusiva ao Último Segundo.

De acordo com o presidente, a estratégia começou a ser implentada há alguns anos, mas vem ganhando espaço com a recente tendência de baixa na Selic. “Acredito que os juros baixos vieram para ficar”, afirma. “Para o fim deste ano, uma taxa em torno de 9,25% não é nenhum absurdo”, aposta.

“Não se trata de uma estratégia de governo, mas uma estratégia de longo prazo compatível com nossos investimentos, onde o fortalecimento da economia brasileira é fundamental”, diz Oliveira.

No entanto, essa mudança de perfil – já incorporada ao plano plurianual do fundo – não será implantada imediatamente, mas no médio e longo prazo. “Não vai acontecer da noite para o dia. Não somos como um carro de Fórmula 1, mas sim como um navio, em que as mudanças de rota levam mais tempo”, explica. Segundo Oliveira, o objetivo da Petros é fazer com que mais da metade da carteira de investimentos do fundo no Brasil esteja dentro do novo perfil – hoje, são cerca de 25%. Segundo ele, essa estratégia passa por investir em empresas de setores promissores.

Brasil Foods

Uma dessas áreas consideradas estratégicas é a de alimentos, palco do recente processo de fusão entre a Perdigão e Sadia, que resultou na criação da Brasil Foods – junto com outros planos, a Petros é um dos comandantes da Perdigão.

Segundo ele, a nova companhia pode se tornar a “Vale do setor de alimentos”, fazendo referência à mineradora Vale, que após ser privatizada se tornou uma das maiores exportadoras do Brasil. Hoje, as constituintes da Brasil Food exportam quase metade de sua produção.

Para Oliveira, o surgimento da companhia se enquadra em um movimento de fortalecimento das empresas nacionais no cenário global, que começou a ser implementada desde o início da gestão de Carlos Lessa no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2003, e se prolonga até a atualidade.

O presidente rejeita comparações entre a Brasil Foods e a AmBev – empresa resultante da união entre Antarctica e Brahma, que acabou se unindo com a belga Interbrew. “Os perfis são diferentes. No caso da Brasil Foods, as duas empresas já são grandes exportadoras e, além disso, a maior parte dos investidores é de longo prazo. Já no caso da AmBev, havia um grupo financeiro que buscava investimentos de curto prazo e por isso fez a operação com a Interbrew”.

Oliveira diz também não acreditar que a fusão possa gerar demissões: “Nunca vi o Nildemar (Secches, presidente do Conselho da Perdigão) e o Furlan (Luiz Fernando) descumprirem o que assinam. E eles se comprometeram pessoalmente em evitar demissões”.

Aumento de capital

Sobre lançamento de R$ 4 bilhões em ações que será promovido pela empresa, Oliveira diz que a Petros “vai acompanhar o aumento de capital” da nova empresa para pelo menos manter o seu nível atual de participação, mas não revela quanto o fundo pretende investir ou qual é o nível de controle desejado. O fundo tinha cerca de 12% de participação na Perdigão e hoje possui pouco mais de 8% da Brasil Foods. “Não vamos deixar o capital se diluir”, afirma.

Segundo ele, os investimentos do mercado para o aumento de capital não precisam obrigatoriamente passar pelo BNDES, mesmo com a dívida carregada pelas empresas. “Não necessariamente o BNDES precisa participar da operação. Acho que o mercado pode bancar”, afirma.

Carência de infraestrutura

Entre outros setores que podem receber aportes de capital, Oliveira destaca o de infraestrutura, no qual ele avalia existir uma demanda “gigantesca” por novos investimentos.

“É um setor onde, dada a carência a que chegamos, vai exigir muito capital por um lado e dar muito retorno por outro”. Segundo ele, justamente por ser um setor onde as obras – e os retornos – são lentos, a infra-estrutura tem o perfil ideal para um fundo de investimentos com objetivos de longo prazo.

Dentro desse setor, o presidente destaca o segmento de transportes, especialmente o de rodovias e o de ferrovias. Como exemplos da atuação da Petros nesses campos, ele destaca as participações adquiridas pelo fundo na administradora de concessões rodoviárias Invepar, com controle do metrô do Rio de Janeiro, e da empresa de transporte ferroviário ALL.

Oliveira destaca ainda a área de energia, onde ele diz que a Petros está investindo nas chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e em usinas termelétricas.

Para Wagner Oliveira, que se disse disposto também a destinar investimentos ao setor imobiliário, essas aquisições foram exemplos de como é possível transformar a crise em oportunidade. “Compramos as ações no final do ano, no auge da crise da Bovespa, por um preço muito bom. Na mesma época, adquirimos algumas lotes de ações da Petrobras por preços próximos de R$ 17, e hoje elas estão valendo cerca de R$ 32. Entramos no mercado no momento certo. Crise é oportunidade”, conclui.

(Com reportagem de Marcelo Cabral, editor de Economia do Último Segundo, e José Paulo Kupfer, colunista do iG)

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ig.com.br.

==================================================

Para presidente da Petros, momento é de oportunidade para os fundos de pensão

13/10 – 17:58 – Redação

“Não olhamos o hoje, mas o futuro”. A afirmação é do economista Wagner Pinheiro de Oliveira, o comandante do segundo maior fundo de pensão do País, com patrimônio de R$ 40 bilhões, 125 mil participantes e mais de 50 patrocinadores. Na presidência da Petros desde fevereiro de 2003, este paulistano de 46 anos, formado em Economia pela Unicamp, aumentou, em sua administração, o número de associados em mais de 30%. Ele está convencido de que a crise financeira internacional, quando analisada a médio e longo prazos, pode ser vista como uma oportunidade para os fundos de pensão.

“Se o fundo tem liquidez, não está pagando benefícios de forma exagerada e mantém entrada de caixa, vai usar o dinheiro ao longo de 40 anos e será, portanto, beneficiado por essa crise. É uma oportunidade”, afirmou Oliveira, em entrevista exclusiva ao Último Segundo.

Este é caso da Petros, na visão de seu presidente. Hoje, mais de dois terços do patrimônio do fundo é formado por aplicações de renda fixa. A parte de renda variável recuou, do primeiro trimestre para cá, de 31% para 28%, dos quais a carteira responde por 12%. “Tenho tranqüilidade para não precisar dispor dos 30% que tenho em renda variável”, afirma Oliveira. “Os fundos de pensão olham de outra maneira, olham do ponto de vista da liquidez de longo prazo”.

É com o olhar para frente que Oliveira revela disposição para adquirir ações de empresas mais sólidas, aproveitando, justamente, a presente redução nas cotações dos papéis. O executivo destaca que a Petros já começou a comprar ações de empresas mais sólidas, como Vale, Petrobras e empresas do setor de energia. “Estamos em um ciclo de crescimento, que pode ter arrefecido em função da carência de crédito provoca pela crise internacional, mas que não vai chegar a níveis para gerar desemprego”, diz.

“A crise financeira internacional, quando analisada a médio e longo prazos, pode ser vista como uma oportunidade para os fundos de pensão”

A crise, na visão de Oliveira, poderá diminuir a velocidade dos investimentos, mas eles continuarão ocorrendo. “A Petrobras, por exemplo, sem estimativas do pré-sal, tem um programa de investimento de US$ 112 bilhões”, lembra.

A Petros, na palavra de seu presidente, não vê um horizonte recessivo para a economia brasileira. “O mais pessimista, hoje, diz que o Brasil vai crescer 2,5%”, diz Oliveira. Ele analisa que, com a crise, os negócios no Brasil vão sofrer uma desaceleração, mas as empresas continuarão a crescer. “Este ano, o País cresce mais de 5%; para 2009, projetamos um crescimento em torno de 3,5%.”, analisa. A conclusão, de acordo com o próprio Oliveira: “as ações das empresas estão baratas e somos compradores”.

Oliveira lembra também que, no caso dos fundos de pensão fechados, como a Petros, o participante só pode tirar o dinheiro se sair da empresa. “É lei. A pessoa não tem o direito de sacar seus fundos de reservas, exceto em algumas situações”, explica. “Isso é importante dizer porque, diferentemente dos fundos abertos mantidos por bancos, o poupador não saca o dinheiro no momento que quer. É uma poupança característica de médio, longo prazo”, completa.

Fluxo de caixa

Embora se declare tranqüilo e otimista, Oliveira informa que a Petros estuda mudanças e que para este ano o fundo dificilmente cumprirá sua meta de rentabilidade (inflação mais 6% ao ano). Ele minimiza a redução de R$ 1,5 bilhão que o fundo registrou entre o primeiro trimestre e o terceiro, ápice, até agora, da crise dos mercados. “Em ativos, no começo do ano, tínhamos 31% e renda variável. Hoje, temos 28%. Na contabilidade comparada, a Petros pedeu R$ 1,5 bilhão. (…) Mas, novamente, é preciso analisar que um fundo de pensão trabalha a longo prazo e, nos últimos cinco anos, a Petros rendeu, em média, inflação mais 12%, bem acima de sua meta de rentabilidade anual”.

Oliveira explica ainda que a reavaliação das políticas de investimento do fundo é rotineira, sendo realizada pelo menos uma vez por ano. “Com o quadro econômico que temos hoje, até 24 meses, a estratégia é investir em títulos públicos federais; de 24 a 60 meses, principalmente em crédito privado, renda fixa privada; e mais de cinco anos, renda variável”, diz.

Ele destaca ainda que a Petros quer investir mais em infra-estrutura. “Investir em infra-estrutura no Brasil é investir em um macrossetor de risco baixo, rentabilidade moderada e bem regulado”, afirma. “Investir em infra-estrutura não é fazer obra social. Se eu melhorar as rodovias, os portos, ajudamos a melhorar, por exemplo, o resultado da Perdigão, empresa de que participamos e que exporta 50% do que produz”, explica. “É um ciclo virtuoso”, avalia. Hoje, a Petros detém 12% da Perdigão.

“Os negócios no Brasil vão sofrer uma desaceleração, mas as empresas continuarão a crescer”

Pânico do mercado

Ao ser questionado se o pânico do mercado financeiro caminha para o fim, Oliveira diz que a resposta é difícil, mas analisa que as medidas adotadas em conjuntos pelos governos da Europa e Estados Unidos vão acalmar o mercado.

“Essas medidas de intervenção direta no sistema financeiro internacional são positivas. Não há dúvida que, sem a intervenção do governo, a economia não segue um rumo que se ajuste. Essa crise deixa claro que a intervenção estatal é necessária, que não existe a história de que o mercado pode auto-regular”, finaliza.

(*com reportagem de Camila Nascimento, editora do Último Segundo, e José Paulo Kupfer, colunista do iG)

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/10/13/para_presidente_da_petros_momento_e_de_oportunidade_para_os_fundos_de_pensao_2044531.html

Close