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UNIBANCO CENTRALIZA NA FININVEST TODAS AS OPERAÇÕES DE MICROCRÉDITO

Valor Econômico – Janes Rocha
O Unibanco decidiu reformular suas operações de microcrédito. Até agora centralizada na MicroInvest, a carteira da instituição será incorporada à Fininvest, empresa de crédito ao consumidor controlada pelo grupo. As três lojas da MicroInvest no Rio de Janeiro, nos bairros de Pilares, Campo Grande e Taquara, serão fechadas. Só o posto avançado na Favela da Rocinha será mantido. As operações e os 12 funcionários dessas lojas serão reaproveitados e centralizados em uma nova loja que a Fininvest está inaugurando na Central do Brasil.
O microcrédito passará a ser mais um produto oferecido pela Fininvest aos seus 3,5 milhões de clientes, dos quais quase a metade são micro e pequenos empreendedores, explicou Carlos Ximenes de Melo, diretor executivo da Fininvest. Apesar de restrito, a princípio, à loja da Central do Brasil, a intenção é oferecer microcrédito em todas as outras 109 lojas da Fininvest espalhadas pelo país, até o final do primeiro trimestre de 2004.
Dois motivos levaram à mudança de rota, segundo Ximenes. Primeiro, a operação já estava há quatro anos deficitária. Embora preferisse não detalhar o valor do prejuízo, o diretor disse que os resultados não eram suficientes nem para “pagar as contas” – de água, luz, limpeza etc.
O segundo motivo foi a mudança nas regras do BNDES para repasse de recursos às instituições de microcrédito. Desde março passado, o banco federal acrescentou juros adicionais de 8% ao ano à variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP, hoje fixada em 11% ao ano) ao custo do dinheiro repassado para microcrédito. Até o final de 2002, os repasses custavam apenas a variação da TJLP. Além disso, foi imposto um limite de R$ 1 mil por tomador a juros máximos de 2% ao mês.
A mudança de regras gerou críticas e está levando as grandes instituições de microcrédito do país a repensar suas estratégias de captação de recursos, uma vez que o BNDES sempre foi a principal fonte de recursos dos programas públicos e privados. Apesar de a MicroInvest não operar com recursos do BNDES, segundo Ximenes a operação só poderia se expandir se pudesse contar com essa fonte. A MicroInvest é uma Sociedade de Crédito ao Microempreendedor (SCM) controlada pela Fininvest, com 75% do capital, e pelo International Finance Corporation (IFC), agência do Banco Mundial para fomento de empreendimentos no setor privado, com os outros 25%.
Com uma carteira de cerca de R$ 1 milhão e 2,7 mil microempreendedores como clientes, a MicroInvest pratica taxa mínima de 3,6% ao mês e máxima de 4,2%, não podendo se enquadrar nas novas regras do BNDES. Ao contrário das Organizações Não Governamentais e de Interesse Público (ONGs e Oscips) que operam o microcrédito como entidades sem fins lucrativos, a SCM é uma estrutura jurídica que prevê finalidade de lucro. Regulamentada e fiscalizada pelo Banco Central (BC), a SCM tem uma série de custos adicionais para cumprir exigências do BC, como contabilidade, auditoria, balanços e requisitos de segurança, diz Carlos Ximenes de Melo.
A intenção agora, com a incorporação, é ampliar o leque de ofertas de produtos da Fininvest, que é o braço de financiamento ao consumo para a população de baixa renda do Unibanco desde dezembro de 1996, quando banco adquiriu 50% do seu controle. Em 2000, o Unibanco assumiu os 100% do capital da Fininvest e em junho passado anunciou uma ampliação das atividades da instituição, que passou a vender conta corrente, caderneta de poupança, seguros e capitalização, além de crédito pessoal, seu principal negócio.

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UNIBANCO CENTRALIZA NA FININVEST TODAS AS OPERAÇÕES DE MICROCRÉDITO

Valor Econômico – Janes Rocha

O Unibanco decidiu reformular suas operações de microcrédito. Até agora centralizada na MicroInvest, a carteira da instituição será incorporada à Fininvest, empresa de crédito ao consumidor controlada pelo grupo. As três lojas da MicroInvest no Rio de Janeiro, nos bairros de Pilares, Campo Grande e Taquara, serão fechadas. Só o posto avançado na Favela da Rocinha será mantido. As operações e os 12 funcionários dessas lojas serão reaproveitados e centralizados em uma nova loja que a Fininvest está inaugurando na Central do Brasil.

O microcrédito passará a ser mais um produto oferecido pela Fininvest aos seus 3,5 milhões de clientes, dos quais quase a metade são micro e pequenos empreendedores, explicou Carlos Ximenes de Melo, diretor executivo da Fininvest. Apesar de restrito, a princípio, à loja da Central do Brasil, a intenção é oferecer microcrédito em todas as outras 109 lojas da Fininvest espalhadas pelo país, até o final do primeiro trimestre de 2004.

Dois motivos levaram à mudança de rota, segundo Ximenes. Primeiro, a operação já estava há quatro anos deficitária. Embora preferisse não detalhar o valor do prejuízo, o diretor disse que os resultados não eram suficientes nem para “pagar as contas” – de água, luz, limpeza etc.

O segundo motivo foi a mudança nas regras do BNDES para repasse de recursos às instituições de microcrédito. Desde março passado, o banco federal acrescentou juros adicionais de 8% ao ano à variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP, hoje fixada em 11% ao ano) ao custo do dinheiro repassado para microcrédito. Até o final de 2002, os repasses custavam apenas a variação da TJLP. Além disso, foi imposto um limite de R$ 1 mil por tomador a juros máximos de 2% ao mês.

A mudança de regras gerou críticas e está levando as grandes instituições de microcrédito do país a repensar suas estratégias de captação de recursos, uma vez que o BNDES sempre foi a principal fonte de recursos dos programas públicos e privados. Apesar de a MicroInvest não operar com recursos do BNDES, segundo Ximenes a operação só poderia se expandir se pudesse contar com essa fonte. A MicroInvest é uma Sociedade de Crédito ao Microempreendedor (SCM) controlada pela Fininvest, com 75% do capital, e pelo International Finance Corporation (IFC), agência do Banco Mundial para fomento de empreendimentos no setor privado, com os outros 25%.

Com uma carteira de cerca de R$ 1 milhão e 2,7 mil microempreendedores como clientes, a MicroInvest pratica taxa mínima de 3,6% ao mês e máxima de 4,2%, não podendo se enquadrar nas novas regras do BNDES. Ao contrário das Organizações Não Governamentais e de Interesse Público (ONGs e Oscips) que operam o microcrédito como entidades sem fins lucrativos, a SCM é uma estrutura jurídica que prevê finalidade de lucro. Regulamentada e fiscalizada pelo Banco Central (BC), a SCM tem uma série de custos adicionais para cumprir exigências do BC, como contabilidade, auditoria, balanços e requisitos de segurança, diz Carlos Ximenes de Melo.

A intenção agora, com a incorporação, é ampliar o leque de ofertas de produtos da Fininvest, que é o braço de financiamento ao consumo para a população de baixa renda do Unibanco desde dezembro de 1996, quando banco adquiriu 50% do seu controle. Em 2000, o Unibanco assumiu os 100% do capital da Fininvest e em junho passado anunciou uma ampliação das atividades da instituição, que passou a vender conta corrente, caderneta de poupança, seguros e capitalização, além de crédito pessoal, seu principal negócio.

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