CUT
(São Paulo) A mobilização pela campanha salarial aumenta nesta semana. Em assembléia realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na última sexta-feira (10/10), cerca de dois mil trabalhadores decidiram parar as autopeças durante toda a semana e as montadoras na sexta-feira.
Além disso, foi decidido na assembléia que o prazo limite para a negociação com os sindicatos patronais é 24 de outubro. Se até lá não tiver uma proposta, a categoria promete greve pesada.
No dia 16, os metalúrgicos realizarão uma nova assembléia geral para avaliar as formas de luta usadas durante a semana e discutir formas de luta para a semana seguinte.
Segundo o presidente do sindicato, José Lopez Feijóo, os sindicatos patronais estão querendo fazer um longo debate sobre as cláusulas sociais para alongar o processo de negociação e deixar para negociar os índices de reajustes mais tarde.
“Esse ano eles vieram com uma novidade: trouxeram uma pauta de clausulas sociais. Nós também apresentamos uma surpresa para eles. Fizemos a seguinte proposta: para modernizar e agilizar o processo de negociação, vamos renovar as clausulas sociais que já temos pelos próximos 3 anos. Fazemos um adendo de que as novas clausulas – tanto deles quanto nossas – serão negociadas no ano que vem. Eles pediram um tempo para pensar.”
Não vamos abrir mão das clausulas sociais, não abriremos mão também da antecipação da data-base para outubro este ano e para setembro no ano que vem, como foi decidido, com a concordância dos patrões, na negociação do ano passado. O reajuste deste ano será retroativo a 1º de outubro, independente do que os patrões estão falando na mesa de negociação, disse Feijóo.
E quanto a proposta patronal de não negociar inflação passada, tenho a dizer que essa categoria não abre mão da inflação passada. Não tem conversa. Inflação se repõe e ponto final, argumentou Feijóo.
Para o pessoal de autopeças, o recado de Feijóo foi claro: “os patrões estão desmarcando reuniões, protelando as negociações. Essa semana tem que ter greve. Vamos começar a parar meio dia em uma, um dia inteiro em outra, duas horas, o que for necessário. Eles têm que receber um recado forte. E não nos interessa a conversa de que eles não querem discutir reajuste porque as montadoras não reajustam os preços deles. Eles que se virem. Eles que façam greve contra as montadoras. O nosso reajuste é em 1° de outubro”, concluiu Feijóo.
Fonte: CUT
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Por Mhais• 8 de fevereiro de 2003• 09:32• Sem categoria
METALÚRGICOS DO ABC DECIDEM PARAR AUTOPEÇAS E MONTADORAS – CUT
CUT
(São Paulo) A mobilização pela campanha salarial aumenta nesta semana. Em assembléia realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na última sexta-feira (10/10), cerca de dois mil trabalhadores decidiram parar as autopeças durante toda a semana e as montadoras na sexta-feira.
Além disso, foi decidido na assembléia que o prazo limite para a negociação com os sindicatos patronais é 24 de outubro. Se até lá não tiver uma proposta, a categoria promete greve pesada.
No dia 16, os metalúrgicos realizarão uma nova assembléia geral para avaliar as formas de luta usadas durante a semana e discutir formas de luta para a semana seguinte.
Segundo o presidente do sindicato, José Lopez Feijóo, os sindicatos patronais estão querendo fazer um longo debate sobre as cláusulas sociais para alongar o processo de negociação e deixar para negociar os índices de reajustes mais tarde.
“Esse ano eles vieram com uma novidade: trouxeram uma pauta de clausulas sociais. Nós também apresentamos uma surpresa para eles. Fizemos a seguinte proposta: para modernizar e agilizar o processo de negociação, vamos renovar as clausulas sociais que já temos pelos próximos 3 anos. Fazemos um adendo de que as novas clausulas – tanto deles quanto nossas – serão negociadas no ano que vem. Eles pediram um tempo para pensar.”
Não vamos abrir mão das clausulas sociais, não abriremos mão também da antecipação da data-base para outubro este ano e para setembro no ano que vem, como foi decidido, com a concordância dos patrões, na negociação do ano passado. O reajuste deste ano será retroativo a 1º de outubro, independente do que os patrões estão falando na mesa de negociação, disse Feijóo.
E quanto a proposta patronal de não negociar inflação passada, tenho a dizer que essa categoria não abre mão da inflação passada. Não tem conversa. Inflação se repõe e ponto final, argumentou Feijóo.
Para o pessoal de autopeças, o recado de Feijóo foi claro: “os patrões estão desmarcando reuniões, protelando as negociações. Essa semana tem que ter greve. Vamos começar a parar meio dia em uma, um dia inteiro em outra, duas horas, o que for necessário. Eles têm que receber um recado forte. E não nos interessa a conversa de que eles não querem discutir reajuste porque as montadoras não reajustam os preços deles. Eles que se virem. Eles que façam greve contra as montadoras. O nosso reajuste é em 1° de outubro”, concluiu Feijóo.
Fonte: CUT
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