São Paulo) Na negociação realizada hoje pela manhã na sede da CNB entre a coordenação da Executiva Nacional dos Bancários, a Comissão de Empresa do BB e a direção do banco, o gerente executivo de Relações do Trabalho do Banco do Brasil, Joel Bueno, apresentou uma proposta que não contempla integralmente a Convenção Coletiva que será assinada com a Fenaban na tarde de hoje.
Sobre o salário-base, Vencimento Padrão, a proposta de reajuste do banco é de apenas 6% mais R$ 1.500 de abono. Para o piso do escriturário, gratificação de caixa, valor de referência (VR) para o comissionado, tíquete refeição e auxílio creche, o reajuste oferecido é de 12,6%. Sobre a cesta-alimentação, o banco aplica o índice de 25% e o benefício passaria de R$ 120,00 para R$ 150,00. Sobre a comissão (AFR), o reajuste é zero.
Em relação à PLR, o banco a vincula à lucratividade, partindo de 6,25%, se atingir um lucro de 17% sobre o patrimônio líquido. O índice a ser distribuído aumenta se o lucro também crescer, mas precisa obedecer o teto de 11,25% sobre o lucro líquido. O valor seria pago em duas vezes.
A proposta da PLR, avalia José Ricardo Sasseron, coordenador da Comissão de Empresa do BB, tem critérios semelhantes ao da Fenaban, mas é pior que esta, pois vincula o pagamento à metas, enquanto que a primeira é exclusivamente ligada ao lucro. Além disso, na PLR do BB, os 40% não seria vinculado ao salário efetivo do funcionário, mas ao salário médio de categoria de funcionários (posto efetivo, caixa e comissionados).
A proposta do banco foi rejeitada pelos representantes da Executiva Nacional e da Comissão de empresa que reafirmaram que o patamar mínimo é a Convenção Coletiva da categoria para todos os funcionários e sobre todas as verbas. Para Sasseron, a proposta do reforça ainda mais o divisão dos funcionários à medida em que oferece reajustes diferenciados para cada segmento de funcionários.
Nova negociação ficou agendada para a próxima segunda-feira, dia 13, às 10h, e se o banco reafirmar a posição de não cumprir integralmente a Convenção, os bancários irão deflagrar greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira, dia 14. As assembléias estão marcadas para a noite de segunda.
Meire Bicudo – CNB/CUT
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Por Mhais• 8 de fevereiro de 2003• 09:32• Sem categoria
PROPOSTA DO BB É DISTANTE DA FENABAN
São Paulo) Na negociação realizada hoje pela manhã na sede da CNB entre a coordenação da Executiva Nacional dos Bancários, a Comissão de Empresa do BB e a direção do banco, o gerente executivo de Relações do Trabalho do Banco do Brasil, Joel Bueno, apresentou uma proposta que não contempla integralmente a Convenção Coletiva que será assinada com a Fenaban na tarde de hoje.
Sobre o salário-base, Vencimento Padrão, a proposta de reajuste do banco é de apenas 6% mais R$ 1.500 de abono. Para o piso do escriturário, gratificação de caixa, valor de referência (VR) para o comissionado, tíquete refeição e auxílio creche, o reajuste oferecido é de 12,6%. Sobre a cesta-alimentação, o banco aplica o índice de 25% e o benefício passaria de R$ 120,00 para R$ 150,00. Sobre a comissão (AFR), o reajuste é zero.
Em relação à PLR, o banco a vincula à lucratividade, partindo de 6,25%, se atingir um lucro de 17% sobre o patrimônio líquido. O índice a ser distribuído aumenta se o lucro também crescer, mas precisa obedecer o teto de 11,25% sobre o lucro líquido. O valor seria pago em duas vezes.
A proposta da PLR, avalia José Ricardo Sasseron, coordenador da Comissão de Empresa do BB, tem critérios semelhantes ao da Fenaban, mas é pior que esta, pois vincula o pagamento à metas, enquanto que a primeira é exclusivamente ligada ao lucro. Além disso, na PLR do BB, os 40% não seria vinculado ao salário efetivo do funcionário, mas ao salário médio de categoria de funcionários (posto efetivo, caixa e comissionados).
A proposta do banco foi rejeitada pelos representantes da Executiva Nacional e da Comissão de empresa que reafirmaram que o patamar mínimo é a Convenção Coletiva da categoria para todos os funcionários e sobre todas as verbas. Para Sasseron, a proposta do reforça ainda mais o divisão dos funcionários à medida em que oferece reajustes diferenciados para cada segmento de funcionários.
Nova negociação ficou agendada para a próxima segunda-feira, dia 13, às 10h, e se o banco reafirmar a posição de não cumprir integralmente a Convenção, os bancários irão deflagrar greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira, dia 14. As assembléias estão marcadas para a noite de segunda.
Meire Bicudo – CNB/CUT
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