Mulheres pela paz – Nota da UBM
Quanto vale a vida? Para o presidente dos Estados Unidos a vida de nossos filhos vale menos que um barril de petróleo. Para ele conquistar a hegemonia econômica, política e militar norte-americana vale tudo, inclusive o risco de dizimar a humanidade.
A guerra contra o Iraque faz parte do projeto de “guerra permanente” criado por Bush e que teve início com os ataques ao Afeganistão.
Esta política belicista americana tem sido condenada em todos os países, inclusive nos Estados Unidos, onde se reuniram mais de 250 mil pessoas no último dia 15/02/03, Dia Mundial de luta pela Paz.
Na Guerra todos nossos direitos são violados. Nós mulheres sofremos as conseqüências dela: a piora das condições de sobrevivência, a fome agravada, a precariedade da saúde e educação, a falta de habitação, o desemprego. São as mulheres que respondem pelos cuidados com as crianças, idosos e doentes. E ainda, são as mulheres e meninas que vivem em campos de refugiados e militares, ficando expostas à violência sexual e por conta disto têm seis vezes mais probabilidade de serem contaminadas pela AIDS.
Todos sabem que numa guerra, a essa altura do campeonato, não serão utilizadas apenas armas convencionais. O uso de armas químicas (como as que os E.U.A. usaram na guerra do Vietnã), aliado à guerra bacteriológica (de difícil controle sanitário), poderá dizimar a vida no planeta de forma lenta e perversa.
Lutar contra a guerra imperialista é dever de todas(os). Defender a Paz e um novo Brasil é a bandeira que as mulheres levantam neste 8 de março de 2003, Dia Internacional da Mulher.
O mundo precisa de paz para que a humanidade evolua. Paz alicerçada no respeito e na solidariedade entre os povos.
O Brasil precisa de Paz para cumprir a sua missão histórica de ser uma grande nação, irradiadora de progresso, de solidariedade e justiça social.
Neste momento histórico, quando o povo brasileiro elegeu não apenas um novo presidente, mas um novo rumo para o Brasil, nós mulheres estamos nas ruas para dizer: Presidente Lula, conte conosco!
Nós que sentimos na pele e na vida a dor e o peso da discriminação, queremos ser partícipes das políticas que porão fim às desigualdades regionais, que promoverão a inclusão social e a distribuição justa de renda.
Nós, que somos as maiores vítimas da exploração que vai dos baixos salários ao abuso sexual de nossa infância indefesa, queremos dizer que é preciso fazer uma ampla campanha de valorização da mulher, mas acima de tudo é preciso elevar a auto estima do povo brasileiro.
Eleger um presidente operário foi um grande começo, haja vista que uma das primeiras medidas do presidente Lula foi criar a Secretaria Especial de Políticas para a Mulher.
“Um novo mundo é possível” foi o lema do Fórum Social de Porto Alegre e as mulheres mais do que nunca sabem o quanto a guerra não pode fazer parte desse novo mundo.
Fortalecer a nossa organização é fundamental para conquistarmos espaços e direitos. Junte-se a nós e diga: eu sou da UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES E … sou CONTRA A GUERRA NO IRAQUE! LUTO PELA PAZ!
Viva o 8 de Março de 2003!
Por um mundo de igualdade, contra toda opressão!
UBM UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES
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