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Por 14:14 Notícias

FÓRUM CONTRA A REFORMA TRABALHISTA

Ellen Nogueira
Da equipe do Correio
Um dia depois da solenidade de abertura do Fórum Nacional do Trabalho, as 14 confederações trabalhistas do país inauguraram ontem, em Brasília, o Fórum Sindical dos Trabalhadores, uma espécie de manifesto contra a reforma Trabalhista discutida pelo governo, centrais sindicais e patrões.
As confederações, que representam 288 federações e 8.552 sindicatos (quase metade dos cerca de 18 mil existentes no país), defendem a manutenção do imposto sindical, que é valor correspondente a um dia de trabalho pago obrigatoriamente pelo trabalhador todo o mês de março, a unicidade federal, ou seja, um sindicato apenas representando uma categoria, e a manutenção dos direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Os sindicalistas das confederações reclamam que há desigualdade no Fórum Nacional do Trabalho: dos 21 membros dos sindicatos, apenas um, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), José Calixto, veio das confederações. As outras 20 cadeiras foram divididas entre os membros das seis centrais sindicais do país, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical. ‘‘Tivemos de fazer pressão para conseguir um lugar. Não há como discutir a reforma sindical no fórum do governo, por isso vamos fazer nossa discussão em separado’’, diz Calixto.
Imposto sindical
Dos gastos mensais de um sindicato ou de uma federação, segundo Calixto, 80% são pagos com o dinheiro do imposto sindical. ‘‘Se isso acabar, os sindicatos vão perder força e a negociação com os patrões será prejudicada.’’. O governo pretende acabar com o imposto gradualmente, reduzindo seu valor em 20% ao ano. Com isso, o objetivo é acabar com os sindicatos que apenas sobrevivem desse dinheiro mas, na realidade, não representam sua categoria.
Outra discussão se dá em torno dos direitos trabalhistas. As confederações são contra as mudanças na CLT argumentando que, a longo prazo, os trabalhadores podem ficar sem os direitos básicos, como 13º salário e férias. ‘‘Quando se flexibiliza o pagamento do 13º, por exemplo, há margem para incorporar o pagamento ao salário mensal do trabalhador e fazer o benefício desaparecer’’, afirma Luis Eduardo Gautério Gallo, presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais.

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FÓRUM CONTRA A REFORMA TRABALHISTA

Ellen Nogueira
Da equipe do Correio

Um dia depois da solenidade de abertura do Fórum Nacional do Trabalho, as 14 confederações trabalhistas do país inauguraram ontem, em Brasília, o Fórum Sindical dos Trabalhadores, uma espécie de manifesto contra a reforma Trabalhista discutida pelo governo, centrais sindicais e patrões.

As confederações, que representam 288 federações e 8.552 sindicatos (quase metade dos cerca de 18 mil existentes no país), defendem a manutenção do imposto sindical, que é valor correspondente a um dia de trabalho pago obrigatoriamente pelo trabalhador todo o mês de março, a unicidade federal, ou seja, um sindicato apenas representando uma categoria, e a manutenção dos direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Os sindicalistas das confederações reclamam que há desigualdade no Fórum Nacional do Trabalho: dos 21 membros dos sindicatos, apenas um, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), José Calixto, veio das confederações. As outras 20 cadeiras foram divididas entre os membros das seis centrais sindicais do país, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical. ‘‘Tivemos de fazer pressão para conseguir um lugar. Não há como discutir a reforma sindical no fórum do governo, por isso vamos fazer nossa discussão em separado’’, diz Calixto.

Imposto sindical
Dos gastos mensais de um sindicato ou de uma federação, segundo Calixto, 80% são pagos com o dinheiro do imposto sindical. ‘‘Se isso acabar, os sindicatos vão perder força e a negociação com os patrões será prejudicada.’’. O governo pretende acabar com o imposto gradualmente, reduzindo seu valor em 20% ao ano. Com isso, o objetivo é acabar com os sindicatos que apenas sobrevivem desse dinheiro mas, na realidade, não representam sua categoria.
Outra discussão se dá em torno dos direitos trabalhistas. As confederações são contra as mudanças na CLT argumentando que, a longo prazo, os trabalhadores podem ficar sem os direitos básicos, como 13º salário e férias. ‘‘Quando se flexibiliza o pagamento do 13º, por exemplo, há margem para incorporar o pagamento ao salário mensal do trabalhador e fazer o benefício desaparecer’’, afirma Luis Eduardo Gautério Gallo, presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais.

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