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‘‘TODO MUNDO NA ESPLANADA SE QUEIXA DA CONFUSÃO QUE SÃO AS TERCEIRIZAÇÕES’’

Sandra Starling: A ex-secretária-executiva do Ministério do Trabalho.

A ex-secretária-executiva do Ministério do Trabalho e Emprego Sandra Starling disse ontem que o governo federal está ‘‘num mato sem cachorro‘‘ na questão da terceirização de mão-de-obra em todos os ministérios. Segundo ela, o governo gasta muito mais pagando empresas que funcionam como intermediários na contratação do que com o salário dos trabalhadores. Apesar disso, não haveria soluções a curto prazo para o impasse porque o governo não tem sequer dinheiro para fazer concursos públicos este ano.

Sandra acredita que foi exonerada exatamente por tentar buscar caminhos para solucionar a profusão de irregularidades em que se transformou a terceirização, o que seria um ‘‘vespeiro’’ também dos governos passados. ‘‘Na Esplanada, éramos vistos como o ministério que fez o dever de casa.’’

Os dois caminhos que o governo Lula tentou encontrar para acabar ou pelo menos diminuir o número de contratos com empresas que terceirizam mão-de-obra estão sendo contestados juridicamente. O primeiro seria fazer concurso e contratar servidores pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mas há uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal questionando a legalidade dessa solução.

A ex-secretária-executiva tentou propor a constituição de cooperativas de trabalho, idéia suspensa devido à ação do Ministério Público do Trabalho. ‘‘Todo mundo na Esplanada se queixa da confusão que são as terceirizações. É um problema que deve ser enfrentado. Eu tentei.’’

Logo que assumiu o cargo em janeiro, a secretária se viu diante de uma nota fiscal no valor de quase R$ 1 milhão, apresentada pela empresa Ajato Administração e Serviço (uma empresa de serviços gerais que mantém cerca de 400 funcionários no ministério). Não lhe foi mostrado comprovante de pagamento dos funcionários ou folha de ponto. ‘‘Dei ordem para não pagar sem a apresentação das faturas’’, afirmou.

O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, preparou um dossiê sobre os contratos de terceirização do ministério para o ministro da Casa Civil, José Dirceu. Wagner também pretende se encontrar com o presidente do Tribunal de Contas da União, Valmir Campelo, para tratar especificamente do contrato prorrogado com a empresa Ajato. Segundo a assessoria do ministério, todos os próximos passos desse contrato deverão ser acompanhados pelos técnicos do TCU.

Fonte Correio Braziliense

Por 13:47 Notícias

‘‘TODO MUNDO NA ESPLANADA SE QUEIXA DA CONFUSÃO QUE SÃO AS TERCEIRIZAÇÕES’’

Sandra Starling: A ex-secretária-executiva do Ministério do Trabalho.
A ex-secretária-executiva do Ministério do Trabalho e Emprego Sandra Starling disse ontem que o governo federal está ‘‘num mato sem cachorro‘‘ na questão da terceirização de mão-de-obra em todos os ministérios. Segundo ela, o governo gasta muito mais pagando empresas que funcionam como intermediários na contratação do que com o salário dos trabalhadores. Apesar disso, não haveria soluções a curto prazo para o impasse porque o governo não tem sequer dinheiro para fazer concursos públicos este ano.
Sandra acredita que foi exonerada exatamente por tentar buscar caminhos para solucionar a profusão de irregularidades em que se transformou a terceirização, o que seria um ‘‘vespeiro’’ também dos governos passados. ‘‘Na Esplanada, éramos vistos como o ministério que fez o dever de casa.’’
Os dois caminhos que o governo Lula tentou encontrar para acabar ou pelo menos diminuir o número de contratos com empresas que terceirizam mão-de-obra estão sendo contestados juridicamente. O primeiro seria fazer concurso e contratar servidores pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mas há uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal questionando a legalidade dessa solução.
A ex-secretária-executiva tentou propor a constituição de cooperativas de trabalho, idéia suspensa devido à ação do Ministério Público do Trabalho. ‘‘Todo mundo na Esplanada se queixa da confusão que são as terceirizações. É um problema que deve ser enfrentado. Eu tentei.’’
Logo que assumiu o cargo em janeiro, a secretária se viu diante de uma nota fiscal no valor de quase R$ 1 milhão, apresentada pela empresa Ajato Administração e Serviço (uma empresa de serviços gerais que mantém cerca de 400 funcionários no ministério). Não lhe foi mostrado comprovante de pagamento dos funcionários ou folha de ponto. ‘‘Dei ordem para não pagar sem a apresentação das faturas’’, afirmou.
O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, preparou um dossiê sobre os contratos de terceirização do ministério para o ministro da Casa Civil, José Dirceu. Wagner também pretende se encontrar com o presidente do Tribunal de Contas da União, Valmir Campelo, para tratar especificamente do contrato prorrogado com a empresa Ajato. Segundo a assessoria do ministério, todos os próximos passos desse contrato deverão ser acompanhados pelos técnicos do TCU.
Fonte Correio Braziliense

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