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GOL CONTRA

Não, a escravidão ainda não acabou. Quando os trabalhadores lutam por seus direitos, fazendo greves, manifestções e paralisações eles querem ir contra essa tendência de exploração entre patrão-empregado. Relação esta que pode ser implícita ou não.
No caso da empresa aérea Gol, não ficou nada subentendido, o que aconteceu foi um escândalo que colocou em evidência as condições com que muitos trabalhadores ainda são submetidos. Não se trata de não ter carteira de trabalho assinada ou de não receber o décimo terceiro. Na fazenda Tabuleiro, no interior da Bahia, pertencente ao fundador da empresa aérea Gol, Nenê Constantino, 259 pessoas foram libertadas pela Polícia Federal há duas semanas porque estavam trabalhando em regime de escravidão.
É, escravidão como nos tempos passados, sob sol escaldante, sem salário e com capangas armados para não deixar ninguém fugir. Eles comiam, dormiam em lonas, comiam carne estragada, acondicionada em caixar de paeplão e faziam suas necessidades em condições deploráveis.
Era assim que o dono de uma das mais impotantes empresas aéreas tratava seus “funcionários”. Só para lembrar, a empresa Gol exibe o que há de mais avançado no ramo; foi a primeira companhia brasileira a operar vôos regulares com baixo custo e preço, o mesmo consagrado pela inglesa easyJet e pelas americanas Southwest Aierlines e JetBlue. Também foi a primeira a emitir bilhetes pela internet; a Gol é muito modernizada, mas seu dono preferiu trabalhar de forma rudimentar, com escravos. Eles arrancavam raízes e garranchos e em seguida ateavam fogo ao mato, preparando a terram para o cultivo.
Nenê Constantino disse que não sabia das condições de trabalho em sua fazenda na Bahia. Seria o mesmo que dizer que não saber onde marcar o gol? O escândalo foi a alta tecnologia versus o obsoleto, a democracia versus a escravidão. A polícia está investigando, mas até agora, já sabe-se, foi um verdadeiro gol contra.
Fetec/Pr
Informações: Veja, ed. 1820, ano 36.

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GOL CONTRA

Não, a escravidão ainda não acabou. Quando os trabalhadores lutam por seus direitos, fazendo greves, manifestções e paralisações eles querem ir contra essa tendência de exploração entre patrão-empregado. Relação esta que pode ser implícita ou não.
No caso da empresa aérea Gol, não ficou nada subentendido, o que aconteceu foi um escândalo que colocou em evidência as condições com que muitos trabalhadores ainda são submetidos. Não se trata de não ter carteira de trabalho assinada ou de não receber o décimo terceiro. Na fazenda Tabuleiro, no interior da Bahia, pertencente ao fundador da empresa aérea Gol, Nenê Constantino, 259 pessoas foram libertadas pela Polícia Federal há duas semanas porque estavam trabalhando em regime de escravidão.
É, escravidão como nos tempos passados, sob sol escaldante, sem salário e com capangas armados para não deixar ninguém fugir. Eles comiam, dormiam em lonas, comiam carne estragada, acondicionada em caixar de paeplão e faziam suas necessidades em condições deploráveis.
Era assim que o dono de uma das mais impotantes empresas aéreas tratava seus “funcionários”. Só para lembrar, a empresa Gol exibe o que há de mais avançado no ramo; foi a primeira companhia brasileira a operar vôos regulares com baixo custo e preço, o mesmo consagrado pela inglesa easyJet e pelas americanas Southwest Aierlines e JetBlue. Também foi a primeira a emitir bilhetes pela internet; a Gol é muito modernizada, mas seu dono preferiu trabalhar de forma rudimentar, com escravos. Eles arrancavam raízes e garranchos e em seguida ateavam fogo ao mato, preparando a terram para o cultivo.
Nenê Constantino disse que não sabia das condições de trabalho em sua fazenda na Bahia. Seria o mesmo que dizer que não saber onde marcar o gol? O escândalo foi a alta tecnologia versus o obsoleto, a democracia versus a escravidão. A polícia está investigando, mas até agora, já sabe-se, foi um verdadeiro gol contra.

Fetec/Pr
Informações: Veja, ed. 1820, ano 36.

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