Valor – Maria Christina Carvalho, De São Paulo
As centrais sindicais e a consultoria Trevisan reúnem-se novamente hoje, pela manhã, para estabelecer uma data para o envio de propostas para a oferta de crédito com consignação em folha pelos cerca de 50 bancos que ficaram fora da primeira rodada de licitação, concluída no último dia 3, e decidir como serão escolhidos os bancos a partir da seleção feita.
O presidente da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, afirmou que, “quanto mais simples o mecanismo, melhor, para deixar o mercado funcionar” e que o processo escolhido “deve funcionar no regime de livre competição”. Ferreira respondeu assim à preocupação do presidente da Associação Brasileira dos Bancos (ABBC), André Jafferian Neto, de que as instituições financeiras de pequeno e médio porte ficarão de fora da competição devido às exigências feitas na licitação, como a discriminação se o banco está capacitado a fazer vários tipos de operação de crédito, como leasing. “Tamanho não é documento. O que importa é a competência”, disse Ferreira.
Cerca de 70 bancos participaram da primeira licitação, concluída no dia 3, que selecionou 19 bancos pela taxa oferecida. Foram escolhidos os bancos que se dispuseram a fazer crédito com desconto em folha cobrando taxa mínima entre 1,78% e 2% ao mês e máxima entre 3% e 3,5% ao mês. Desse primeiro grupo, 18 entregaram, terça-feira, uma proposta mais detalhada, informou o diretor da Trevisan, Richard du Bois, cujo objetivo é chegar o mais próximo possível ao custo efetivo da operação, considerando fatores como prazo e taxa de abertura de crédito (TAC). Os dados devidamente tabulados serão apresentados hoje às cinco centrais que participam das discussões, a CUT, Força Sindical, CGT, CGT-B e CAT.
A partir daí, disse du Bois, serão discutidos os próximos passos. Um deles é fixar a data para que os cerca de 50 bancos que ficaram fora da primeira etapa possam também fazer suas ofertas. E o outro é a discussão de como as informações serão utilizadas para a escolha dos bancos. Há centrais que querem predefinir os bancos com os quais as empresas devem operar e outras que pretendem divulgar as melhores taxas oferecidas e aceitar qualquer banco que opere nesses limites. Du Bois espera que a última alternativa seja vencedora, uma vez que, do seu ponto de vista, garante maior concorrência.
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Por Mhais• 16 de outubro de 2003• 09:38• Sem categoria
CENTRAIS DEBATEM HOJE LICITAÇÃO DO CRÉDITO EM FOLHA
Valor – Maria Christina Carvalho, De São Paulo
As centrais sindicais e a consultoria Trevisan reúnem-se novamente hoje, pela manhã, para estabelecer uma data para o envio de propostas para a oferta de crédito com consignação em folha pelos cerca de 50 bancos que ficaram fora da primeira rodada de licitação, concluída no último dia 3, e decidir como serão escolhidos os bancos a partir da seleção feita.
O presidente da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, afirmou que, “quanto mais simples o mecanismo, melhor, para deixar o mercado funcionar” e que o processo escolhido “deve funcionar no regime de livre competição”. Ferreira respondeu assim à preocupação do presidente da Associação Brasileira dos Bancos (ABBC), André Jafferian Neto, de que as instituições financeiras de pequeno e médio porte ficarão de fora da competição devido às exigências feitas na licitação, como a discriminação se o banco está capacitado a fazer vários tipos de operação de crédito, como leasing. “Tamanho não é documento. O que importa é a competência”, disse Ferreira.
Cerca de 70 bancos participaram da primeira licitação, concluída no dia 3, que selecionou 19 bancos pela taxa oferecida. Foram escolhidos os bancos que se dispuseram a fazer crédito com desconto em folha cobrando taxa mínima entre 1,78% e 2% ao mês e máxima entre 3% e 3,5% ao mês. Desse primeiro grupo, 18 entregaram, terça-feira, uma proposta mais detalhada, informou o diretor da Trevisan, Richard du Bois, cujo objetivo é chegar o mais próximo possível ao custo efetivo da operação, considerando fatores como prazo e taxa de abertura de crédito (TAC). Os dados devidamente tabulados serão apresentados hoje às cinco centrais que participam das discussões, a CUT, Força Sindical, CGT, CGT-B e CAT.
A partir daí, disse du Bois, serão discutidos os próximos passos. Um deles é fixar a data para que os cerca de 50 bancos que ficaram fora da primeira etapa possam também fazer suas ofertas. E o outro é a discussão de como as informações serão utilizadas para a escolha dos bancos. Há centrais que querem predefinir os bancos com os quais as empresas devem operar e outras que pretendem divulgar as melhores taxas oferecidas e aceitar qualquer banco que opere nesses limites. Du Bois espera que a última alternativa seja vencedora, uma vez que, do seu ponto de vista, garante maior concorrência.
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