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TRANSGÊNICO NÃO FARÁ PORTO PERDER CARGAS, DIZ GOVERNO

Gazeta do Povo – Wágner de Alcântara Aragão
Administração diz que PR pode ser referência em grão tradicional
Paranaguá – O projeto de lei que proíbe a operação com produtos transgênicos pelos portos do Paraná, aprovado na última semana pela Assembléia Legislativa, vai fazer com que agricultores de outros estados e do Paraguai que forem exportar o grão geneticamente modificado deixem de utilizar Paranaguá para escoar a mercadoria. Para a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a medida não vai representar grandes perdas no volume de carga operado – o que resultaria em retração das atividades e do faturamento.
Segundo a Appa, o Porto de Paranaguá se tornará referência na movimentação de soja convencional. Assim, poderá conquistar a confiança da China que, ao importar o produto brasileiro, daria prioridade à carga embarcada no terminal paranaense.
Na avaliação da Appa e do governo do estado, os chineses – maiores importadores de soja do planeta – cada vez mais preferem produtos convencionais aos transgênicos. Nos últimos três meses, integrantes da Câmara de Comércio Brasil-China e a direção da Appa têm sentado à mesa para negociar parcerias. Os chineses estão dispostos a dar prioridade à soja escoada por Paranaguá desde que a administração do porto e os produtores paranaenses ratifiquem a qualidade do produto – garantindo, especialmente, que grão convencional não seja embarcado misturado com geneticamente modificado.
O superintendente da Appa, Eduardo Requião, reconhece que, num primeiro momento, Paranaguá corre o risco de perder cargas do Centro-Oeste ou do Paraguai. “Quando se fala nessa questão de transgênico, não é a movimentação do porto que é prioridade. Nossa preocupação é com a qualidade da soja. E os compradores estão cada vez mais interessados na qualidade”, argumenta. “A China está pagando 20% a mais pela soja convencional. Mas eles querem a garantia de que a soja que está sendo movimentada é a convencional, pura.”
Entre os envolvidos com a atividade portuária é consenso que é importante obter a confiança e a parceria com os chineses. Também não se discorda da necessidade de tornar cada vez mais rigorosa a fiscalização sobre a soja movimentada em Paranaguá. Entretanto, para alguns especialistas, o Porto de Paranaguá dispõe de condições físicas e tecnológicas para trabalhar com os dois tipos de grão, sem que se misture, e que garantam ao importador a qualidade exigida por ele (leia box).
O projetista Ary Corrêa Júnior, dono da MCA Sul – empresa de engenharia e projetos portuários com sede em Curitiba –, defende a movimentação de transgênicos por Paranaguá. Corrêa Júnior diz não ser defensor nem contrário à produção de organismos geneticamente modificados. Para ele, mesmo o Paraná se tornando uma área livre da produção de transgênicos, os portos do estado não podem abdicar do direito de movimentar carga originada de outras localidades. “Seria perda de receita, de empregos.”
A MCA planejou e executou o projeto do Corredor de Exportações de Grãos de Paranaguá – um complexo inaugurado em 1999, formado por 11 terminais (nove privados e dois da Appa). Segundo ele, com exceção das duas unidades públicas, os demais do corredor tem instalações e equipamentos suficientes para operar com os dois tipos de soja, sem que haja mistura. “Os terminais já fazem isso com os farelos de soja, ao segregá-los de acordo com o nível de proteína. Com a separação da soja em grão, não há diferença.”

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TRANSGÊNICO NÃO FARÁ PORTO PERDER CARGAS, DIZ GOVERNO

Gazeta do Povo – Wágner de Alcântara Aragão

Administração diz que PR pode ser referência em grão tradicional
Paranaguá – O projeto de lei que proíbe a operação com produtos transgênicos pelos portos do Paraná, aprovado na última semana pela Assembléia Legislativa, vai fazer com que agricultores de outros estados e do Paraguai que forem exportar o grão geneticamente modificado deixem de utilizar Paranaguá para escoar a mercadoria. Para a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a medida não vai representar grandes perdas no volume de carga operado – o que resultaria em retração das atividades e do faturamento.

Segundo a Appa, o Porto de Paranaguá se tornará referência na movimentação de soja convencional. Assim, poderá conquistar a confiança da China que, ao importar o produto brasileiro, daria prioridade à carga embarcada no terminal paranaense.

Na avaliação da Appa e do governo do estado, os chineses – maiores importadores de soja do planeta – cada vez mais preferem produtos convencionais aos transgênicos. Nos últimos três meses, integrantes da Câmara de Comércio Brasil-China e a direção da Appa têm sentado à mesa para negociar parcerias. Os chineses estão dispostos a dar prioridade à soja escoada por Paranaguá desde que a administração do porto e os produtores paranaenses ratifiquem a qualidade do produto – garantindo, especialmente, que grão convencional não seja embarcado misturado com geneticamente modificado.

O superintendente da Appa, Eduardo Requião, reconhece que, num primeiro momento, Paranaguá corre o risco de perder cargas do Centro-Oeste ou do Paraguai. “Quando se fala nessa questão de transgênico, não é a movimentação do porto que é prioridade. Nossa preocupação é com a qualidade da soja. E os compradores estão cada vez mais interessados na qualidade”, argumenta. “A China está pagando 20% a mais pela soja convencional. Mas eles querem a garantia de que a soja que está sendo movimentada é a convencional, pura.”

Entre os envolvidos com a atividade portuária é consenso que é importante obter a confiança e a parceria com os chineses. Também não se discorda da necessidade de tornar cada vez mais rigorosa a fiscalização sobre a soja movimentada em Paranaguá. Entretanto, para alguns especialistas, o Porto de Paranaguá dispõe de condições físicas e tecnológicas para trabalhar com os dois tipos de grão, sem que se misture, e que garantam ao importador a qualidade exigida por ele (leia box).

O projetista Ary Corrêa Júnior, dono da MCA Sul – empresa de engenharia e projetos portuários com sede em Curitiba –, defende a movimentação de transgênicos por Paranaguá. Corrêa Júnior diz não ser defensor nem contrário à produção de organismos geneticamente modificados. Para ele, mesmo o Paraná se tornando uma área livre da produção de transgênicos, os portos do estado não podem abdicar do direito de movimentar carga originada de outras localidades. “Seria perda de receita, de empregos.”

A MCA planejou e executou o projeto do Corredor de Exportações de Grãos de Paranaguá – um complexo inaugurado em 1999, formado por 11 terminais (nove privados e dois da Appa). Segundo ele, com exceção das duas unidades públicas, os demais do corredor tem instalações e equipamentos suficientes para operar com os dois tipos de soja, sem que haja mistura. “Os terminais já fazem isso com os farelos de soja, ao segregá-los de acordo com o nível de proteína. Com a separação da soja em grão, não há diferença.”

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