Estadão
Brasília – A equipe econômica do governo Lula discorda da tese defendida pelo ex-ministro José Serra de que a taxa de câmbio atual não estaria em patamares adequados ao crescimento das exportações. “Temos uma blindagem que faz com que essas idéias batam aqui e voltem”, disse à Agência Estado um dos integrantes da equipe.
A hipótese de que o real estaria sobrevalorizado foi levantada na semana passada pelo ex-ministro da Saúde, José Serra, e por alguns empresários, que estiveram reunidos com os ministros Antonio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil), na última quinta-feira no Palácio do Planalto.
Na avaliação de Serra, manter a taxa de câmbio no patamar atual próxima a R$ 2,85 é um “equívoco” que poderá provocar, no médio prazo, um encolhimento das exportações brasileiras. Essa também foi a percepção do presidente do Grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, e do presidente da Klabin, Pedro Piva, que participaram da reunião no Planalto.
Dentro do governo, entretanto, não existe uma preocupação latente em relação ao assunto, uma vez que a política vigente é de taxa flutuante, não cabendo ao governo interferir, mesmo que de maneira velada, na formação desse preço.
Existe um outro aspecto na questão. Para alguns técnicos do governo, a taxa de câmbio deve ser olhada não apenas sob o prisma da relação do real frente ao dólar norte-americano. “Temos que ver a taxa de câmbio real efetiva, que desconta as diferenças de inflação e pondera as diferenças entre as taxas de câmbio da cesta de moedas dos países que o Brasil exporta. Sob esse ponto de vista, não estamos nesse grau de valorização que as pessoas estão falando”, argumenta a fonte.
Renato Andrade
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Por Mhais• 10 de novembro de 2003• 12:25• Sem categoria
GOVERNO DISCORDA DE CRÍTICA AO CÂMBIO FEITA POR SERRA
Estadão
Brasília – A equipe econômica do governo Lula discorda da tese defendida pelo ex-ministro José Serra de que a taxa de câmbio atual não estaria em patamares adequados ao crescimento das exportações. “Temos uma blindagem que faz com que essas idéias batam aqui e voltem”, disse à Agência Estado um dos integrantes da equipe.
A hipótese de que o real estaria sobrevalorizado foi levantada na semana passada pelo ex-ministro da Saúde, José Serra, e por alguns empresários, que estiveram reunidos com os ministros Antonio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil), na última quinta-feira no Palácio do Planalto.
Na avaliação de Serra, manter a taxa de câmbio no patamar atual próxima a R$ 2,85 é um “equívoco” que poderá provocar, no médio prazo, um encolhimento das exportações brasileiras. Essa também foi a percepção do presidente do Grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, e do presidente da Klabin, Pedro Piva, que participaram da reunião no Planalto.
Dentro do governo, entretanto, não existe uma preocupação latente em relação ao assunto, uma vez que a política vigente é de taxa flutuante, não cabendo ao governo interferir, mesmo que de maneira velada, na formação desse preço.
Existe um outro aspecto na questão. Para alguns técnicos do governo, a taxa de câmbio deve ser olhada não apenas sob o prisma da relação do real frente ao dólar norte-americano. “Temos que ver a taxa de câmbio real efetiva, que desconta as diferenças de inflação e pondera as diferenças entre as taxas de câmbio da cesta de moedas dos países que o Brasil exporta. Sob esse ponto de vista, não estamos nesse grau de valorização que as pessoas estão falando”, argumenta a fonte.
Renato Andrade
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