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RISCO BRASIL VAI FECHAR 2003 COM A MAIOR QUEDA DA HISTÓRIA

SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O risco Brasil vai fechar o primeiro ano do governo Lula com uma queda percentual recorde. No ano, o indicador acumula baixa em torno de 67%. Hoje, registra queda de 2%, aos 473 pontos, menor nível desde maio de 98.

Esse indicador, calculado pelo banco americano JPMorgan, reflete a percepção de segurança que os investidores estrangeiros têm em relação à capacidade de um país de pagar sua dívida externa. Quanto menor o risco, menor o receio de um calote.

No ano passado, com a tensão eleitoral, o risco brasileiro subiu 67,5%, atingindo o maior patamar da história –2.436 pontos, em setembro. Ou seja, em 2003, o indicador corrigiu a alta exagerada acumulada no ano passado.

O JPMorgan começou a calcular esse índice em abril de 94. O menor nível foi de 337 pontos, alcançado em outubro de 97. Um risco em torno de 480 pontos significa que os títulos do país pagam ao investidor, em média, um prêmio extra de 4,8%, na comparação a um título dos EUA, considerado de risco zero.

Para medir o risco brasileiro, o JPMorgan calcula o retorno médio de cada título da dívida do país. Neste ano, o principal papel do Brasil, o C-Bond, se recuperou da forte desvalorização no ano passado e chegou a atingir neste mês cotação recorde ao ser negociado acima de 98,375% do seu valor de face.

A semelhança do governo Lula com a política econômica de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) tranquilizou os investidores estrangeiros, antes receosos quanto à solvência do país.

O mercado internacional voltou a emprestar dinheiro para governo, bancos e empresas brasileiros. Os dólares retornaram ao país na forma de capital de curto prazo (como o dinheiro aplicado pelos estrangeiros na Bovespa) e também via exportações. A melhora da balança comercial favoreceu a elevação da perspectiva das notas (“rating”) do Brasil pelas agências de classificação de risco (Fitch e Standard & Poor.s).

A aprovação das reformas tributária e da Previdência no Congresso –uma das cobranças dos investidores estrangeiros– também contribuiu para uma reavaliação do risco Brasil pelo mercado financeiro.

O risco Brasil, que começou a ganhar visibilidade na mídia brasileira a partir da crise argentina em 2001, chegou a ser usado neste final de ano como principal peça da propaganda do governo, que citou, em anúncios, a queda do indicador.

Por 06:24 Notícias

RISCO BRASIL VAI FECHAR 2003 COM A MAIOR QUEDA DA HISTÓRIA

SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O risco Brasil vai fechar o primeiro ano do governo Lula com uma queda percentual recorde. No ano, o indicador acumula baixa em torno de 67%. Hoje, registra queda de 2%, aos 473 pontos, menor nível desde maio de 98.
Esse indicador, calculado pelo banco americano JPMorgan, reflete a percepção de segurança que os investidores estrangeiros têm em relação à capacidade de um país de pagar sua dívida externa. Quanto menor o risco, menor o receio de um calote.
No ano passado, com a tensão eleitoral, o risco brasileiro subiu 67,5%, atingindo o maior patamar da história –2.436 pontos, em setembro. Ou seja, em 2003, o indicador corrigiu a alta exagerada acumulada no ano passado.
O JPMorgan começou a calcular esse índice em abril de 94. O menor nível foi de 337 pontos, alcançado em outubro de 97. Um risco em torno de 480 pontos significa que os títulos do país pagam ao investidor, em média, um prêmio extra de 4,8%, na comparação a um título dos EUA, considerado de risco zero.
Para medir o risco brasileiro, o JPMorgan calcula o retorno médio de cada título da dívida do país. Neste ano, o principal papel do Brasil, o C-Bond, se recuperou da forte desvalorização no ano passado e chegou a atingir neste mês cotação recorde ao ser negociado acima de 98,375% do seu valor de face.
A semelhança do governo Lula com a política econômica de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) tranquilizou os investidores estrangeiros, antes receosos quanto à solvência do país.
O mercado internacional voltou a emprestar dinheiro para governo, bancos e empresas brasileiros. Os dólares retornaram ao país na forma de capital de curto prazo (como o dinheiro aplicado pelos estrangeiros na Bovespa) e também via exportações. A melhora da balança comercial favoreceu a elevação da perspectiva das notas (“rating”) do Brasil pelas agências de classificação de risco (Fitch e Standard & Poor.s).
A aprovação das reformas tributária e da Previdência no Congresso –uma das cobranças dos investidores estrangeiros– também contribuiu para uma reavaliação do risco Brasil pelo mercado financeiro.
O risco Brasil, que começou a ganhar visibilidade na mídia brasileira a partir da crise argentina em 2001, chegou a ser usado neste final de ano como principal peça da propaganda do governo, que citou, em anúncios, a queda do indicador.

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